CVM anuncia cooperação técnica com ONG às vésperas de acordo sobre DREX

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Atualizado por Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • A CVM do Brasil firmou cooperação técnica com a ONG CDP Latin America para promover finanças sustentáveis e transparência climática.
  • A parceria inclui capacitação de servidores, elaboração de guias de orientação e incentivo à educação financeira
  • A iniciativa coincide com a preparação de um acordo sobre moeda digital DREX.
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A Comissão de Valores Mobiliários do Brasil prepara uma cooperação técnica com o CDP Latin America. O anúncio ocorre próximo a negociações da CVM com o Banco Central para usar ativos sob gestão do órgão em testes do DREX.

A entidade é uma organização sem fins lucrativos que trabalha com investidores, companhias e governos. O objetivo é “construir e acelerar ações colaborativas para um desenvolvimento que funcione para as atuais e futuras gerações”.

Órgão de olho em parcerias ambientais

O Colegiado da CVM aprovou o acordo em uma reunião ocorrida na terça-feira (6). O objetivo é “promover a cooperação técnica e a troca de experiências em finanças sustentáveis e incentivar a educação financeira e a inovação”.

A CVM reforça que o CDP oferece uma plataforma de coleta e divulgação de dados ambientais e climáticos para empresas. É possível usar essas informações para melhorar práticas de sustentabilidade.

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As atividades da cooperação devem envolver, por exemplo, a capacitação de servidores e colaboradores da CVM, com educação de financeira, estudos e trocas de experiências.

Além disso, estão previstas a elaboração de guias de orientação sobre formulação de relatórios e transparência de riscos climáticos. Estes materiais, portanto, vão “estimular a divulgação qualificada de tais informações no mercado de capitais e a proteção do investidor”.

“A celebração do Acordo de Cooperação entre a CVM e o CDP representa um avanço significativo na promoção de finanças sustentáveis e na transparência de informações ambientais e climáticas no mercado de capitais brasileiro. A parceria buscará capacitar e educar os diversos agentes do mercado sobre práticas sustentáveis, assim como facilitar o acesso a dados climáticos aderentes ao IFRS S2, auxiliando a CVM a monitorar a maturidade do mercado em se adaptar as novas regras de sustentabilidade (IFRS S1 e S2)”, disse a Superintendente de Orientação aos Investidores e Finanças Sustentáveis (SOI) da CVM, Nathalie Vidual.

CVM vai participar de testes do DREX

O reforço das parcerias com entidades de proteção ao meio ambiente surge em um momento em que o Brasil se prepara para lançar sua própria moeda digital do banco central (CBDC), o DREX.

Embora a CVM não seja uma das desenvolvedoras primárias do projeto, ela vai começar a atuar em suas próximas etapas, uma vez que é o órgão responsável pela supervisão de criptomoedas no Brasil. O objetivo é usar ativos sob gestão do órgão regulador para testes.

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Júlia V. Kurtz
Editora do BeInCrypto Brasil, a jornalista é especializada em dados e participa ativamente da comunidade de Criptoativos, Web3 e NFTs. Formada pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui mais de 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia, tendo passado por veículos como Globo, Gazeta do Povo e UOL.
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