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Cúpula do BRICS reacende debate sobre desdolarização em momento crítico para os EUA

2 mins
Por David Thomas
Traduzido Thiago Barboza

EM RESUMO

  • Os líderes do BRICS se reúnem na África do Sul para discutir a desdolarização e o financiamento de desenvolvimentos com moedas locais.
  • Ocorreram discussões sobre a adoção de uma moeda comum para o comércio internacional; A África do Sul resiste a reduzir o uso do dólar.
  • Apesar de países como China e Brasil venderem o dólar americano para o comércio, os líderes do BRICS insistem que o papel do dólar não diminuirá tão cedo.
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Líderes das economias do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (BRICS) estão reunidos na África do Sul para a 15ª cúpula para discutir a desdolarização. Vários líderes insistem que o objetivo não é um discurso anti-Ocidente, mas sim um meio de reduzir o papel do dólar no comércio internacional.

O ministro das finanças da África do Sul disse a repórteres que a missão é financiar empreendimentos nos países do BRICS com dinheiro local. No longo prazo, os líderes do bloco querem aumentar o comércio em suas próprias moedas.

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Líderes do BRICS não reduzirão o uso do dólar por enquanto

Além disso, tem havido discussões em torno de uma moeda comum que poderiam adotar para o comércio internacional. Até agora, a África do Sul tem resistido a retirar-se do SWIFT e a reduzir a utilização do dólar.

Cúpula do BRICS reacende debate sobre desdolarização em momento crítico para os EUA
Dólar americano ainda domina pagamentos SWIFT | Fonte: Statista

Em abril, a China e o Brasil abandonaram o dólar americano para realizar o comércio internacional em suas respectivas moedas. Dois meses depois, as sanções contra a Rússia levaram a China a explorar a expansão do uso do renminbi no comércio internacional.

Na mesma época, a Índia e a Malásia concordaram em resolver o comércio internacional com a rupia indiana. A realização de negócios em moedas locais elimina a necessidade de conversão em dólares.

Apesar de suas discussões, os líderes do BRICS insistem que o papel do dólar não diminuirá tão cedo.

A instabilidade dos EUA deixa os países nervosos

Grande parte do domínio do dólar provém do seu valor estável, da força da economia dos EUA e do poder geopolítico do país. Numa reunião de 1944 em Bretton Woods, New Hampshire, os delegados globais fizeram do dólar o padrão para as taxas de câmbio internacionais.

Os países poderiam regular a compra ou venda das suas moedas se estas se desviassem do dólar. O Acordo de Bretton Woods também batizou o dólar como a moeda de reserva mundial lastreada pelo ouro.

Quando o Presidente Nixon cortou o lastro ao ouro do dólar em 1971, as moedas globais já não tinham uma ligação fiável para fixar as taxas de câmbio. Em vez do metal precioso, muitas forças internacionais na política e nas finanças definem a taxa do dólar com a qual os países podem comparar as suas moedas.

Em junho, o BNP Paribas SA disse que as condições do mercado estão maduras para uma lenta queda do dólar americano. Laços geopolíticos tensos recentes, dívida nacional crescente e colapsos de várias instituições bancárias este ano testaram a resiliência do dólar.

Uma nova pesquisa do Associated Press-NORC Center for Public Affairs Research descobriu que apenas 36% dos adultos americanos apóiam a liderança econômica do presidente Joe Biden.

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Thiago Barboza
Sound Designer de profissão e apaixonado por comunicação, Thiago Barboza é graduado em Comunicação com ênfase em escritas criativas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Em 2019 conheceu as criptomoedas e blockchain, mas foi em 2020 que decidiu imergir nesse universo e utilizar seu conhecimento acadêmico para ajudar a difundir e conscientizar sobre a importância desta tecnologia disruptiva.
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