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CryptoKitties é a coleção NFT mais prejudicial ao meio ambiente, diz pesquisa

3 mins
Atualizado por Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • Uma pesquisa realizada pela NFT Club forneceu uma perspectiva avassaladora dos prejuízos que causam a indústria dos NFTs ao meio ambiente.
  • A produção e vendas do NFT gastam 239,83 milhões de quilos de CO2, 2,02 milhões nas vendas primárias, e outros 892.390 em compras secundárias.
  • Temos hoje, 3 trilhões de árvores em todo o mundo, o número está caindo para 25 bilhões por conta do desatamento humano, os de transações de NFT com as árvores é de cerca de 2,2 trilhões.
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Estima-se que a indústria NFT tenha lucrado mais de US$ 13 bilhões em vendas. Esse é um mercado em ascensão, mas que rende um custo muito alto para o meio ambiente, segundo uma pesquisa realizada pela NFT Club, que aponta que é preciso de 3,52 árvores para compensar a criação de um NFT.

Uma pesquisa realizada pela NFT Club oferece uma perspectiva avassaladora dos prejuízos que causam a indústria NFT. Para se ter uma ideia do quanto eles custam ao meio ambiente, o NFT Club tirou, como base, as coleções mais vendidas do mundo, e também as mais nefastas em termos de carbono, tendo como a primeira, a CryptoKitties.

Cred/OpenClipart-Vectors | Pixabay

Segundo a pesquisa, ela é a pior coleção de tokens não fungíveis (NFTs) em termos de prejuízos ao meio ambiente. Em sua cadeia produtiva, foram gastos 239,83 milhões de quilos de CO². Como fez mais de 2,02 milhões de vendas primárias, e outros 892.390 em compras secundárias de NFTs, foi produzido 167,55 milhões e 72,28 milhões de quilos de CO².

Em seguida, a Sorare já consumiu 200 milhões de quilos de CO², o equivalente a 580,337 árvores. Com 250.000 de vendas primárias, ela produziu 20,71 milhões de quilos de CO².

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Em terceiro lugar está o Axie Infinity, que antes de migrar para a rede Ronin, teve 336.764 de vendas na rede Ethereum e produziu 27 milhões de quilos de CO², 18,22 milhões de vendas primárias e 9,49 vendas secundárias. Toda a sua cadeia custou 461.951 de árvores.

A quarta coleção NFT mais nefasta ao meio ambiente é a The Sandbox, que precisaria de 192,912 árvores para compensar o CO² gasto em sua produção e venda. O consumo dela foi de 75.614 de CO2 em vendas primárias, na produção foram 6,28 milhões de quilos de dióxido de carbono e nas vendas secundárias mais 5,3 milhões de quilos de CO².

Custo alto de produção de NFTs

Antes de chegar a esse número, é importante entender um cálculo feito por Memo Atken, um artista NFT preocupado com o meio ambiente. Ele fez um cálculo ao site NFT Club em que explica:

“O carbono de meio ano de um artista NFT é equivalente a dirigir um carro a 838 mil quilômetros, ou ferver uma chaleira 3,5 milhões de vezes. Ao longo de sua vida média um NFT médio produzirá 211 kg de dióxido de carbono (CO²) na atmosfera como o resultado do seu processo de criação, venda e compra. Uma única árvore pode compensar 60 kg de CO² em média, portanto será preciso 3,52 árvores para compensar a vida de um NFT”.

Todo o processo de um NFT é muito custoso para o meio ambiente, para se ter uma ideia do quanto é, basta visualizar os custos que a NFT Club realizou ao adicionar qualquer um deles a uma blockchain, que consome cerca de 83 quilos de CO2 o que equivale à 1,38 árvores.

Toda vez que uma oferta é submetida a um NFT produz 51 quilos de CO2 ou 0,38 árvores e cada transferência de um NFT, consume 30 quilos de CO2 ou 0,5 árvores. Mas não é apenas nessa fase que o NFT dá prejuízos ao meio ambiente, durante as transações de sua venda, ele também produz CO2, nesse caso 51 quilos, o equivalente a 0,85 árvores. Na transferência mais 30 quilos e 0,5 árvores e nas vendas secundárias mais 81 quilos ou 1,35 árvores.

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Jornalista formada pela Universidade Metodista de São Paulo, em ciências sociais pela USP, em direito pela Universidade Mackenzie, lato sensu em Fundamentos da arte e cultura pela Unesp-SP e mestre em história pela PUC SP. Iniciei minha carreira nas revistas passando por publicações como Bons Fluidos, Nova, Cláudia, Saúde. Mundo Estranho, Superinteressante e National Geographic Brasil.
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