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Cripto ou dólar, o que vale mais a pena?

3 Min.
Atualizado por Gabriel Gameiro

Resumo

  • Fatores como inflação, alta dívida nacional e desdolarização global enfraquecem o dólar.
  • Apesar de ser visto como proteção contra a inflação, o Bitcoin ainda enfrenta grande volatilidade.
  • Monitorar indicadores econômicos e avanços tecnológicos é essencial para equilibrar investimentos.
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Em meio à crescente popularidade das criptomoedas e às oscilações do dólar, investidores e entusiastas do mercado financeiro debatem: cripto ou dólar? Eles buscam identificar quais ativos oferecem as melhores oportunidades de proteção e rentabilidade.

Em entrevista ao BeInCrypto, especialistas apresentam suas visões sobre o cenário econômico atual. Eles destacaram fatores internos e externos que influenciam a valorização ou desvalorização das moedas tradicionais e dos ativos digitais.

Dólar tradicional vs criptomoedas em ascensão

No atual cenário financeiro global, investidores se deparam com um dilema: manter o tradicional dólar ou migrar para alternativas digitais, como o Bitcoin. Com as incertezas políticas, a volatilidade econômica e o avanço das tecnologias, entender os fatores que influenciam essa decisão é fundamental para diversificar o portfólio de forma estratégica.

A dinâmica entre a desvalorização do dólar e o crescimento das criptomoedas tem ganhado destaque, impulsionada por mudanças nas políticas monetárias.

Segundo Roger Darashah, cofundador e diretor da LatAm Intersect PR, “a queda do dólar é impulsionada por uma combinação de fatores internos e externos. Internamente, políticas monetárias fracas – como taxas de juros baixas, aumento da inflação e alta dívida nacional – e, externamente, os esforços globais de desdolarização e a concorrência de outras moedas reduzem a confiança no dólar”.

Essa visão reforça a importância de monitorar indicadores econômicos e políticos, como taxas de juros, inflação e estabilidade geopolítica, para prever os movimentos do câmbio.

Impactos das políticas econômicas e declínio do dólar

As declarações de líderes internacionais também tem um papel decisivo na trajetória do dólar. “Basta uma frase torta de um presidente para modificar completamente o mercado”, alertou Raul Sena, educador financeiro e fundador do Investidor Sardinha e da AUVP Capital.

Marcelo Godke, sócio do Godke Advogados e especialista em Direito Bancário, completou, explicando que “as declarações iniciais do presidente Trump geraram uma certa expectativa na economia americana, o que levou a uma queda inicial do dólar. Quando o mercado percebe que a posição inicial era mais dura do que a realidade, ocorre um movimento natural de ajuste”.

No contexto brasileiro, o aumento da taxa Selic também atraiu investidores para os títulos da dívida pública. Assim, resultando na venda de dólares e contribuindo para sua desvalorização.

Além disso, o ambiente político e fiscal afeta diretamente a confiança dos investidores. Medidas como o aumento dos gastos públicos ou a emissão excessiva de moeda podem prejudicar a estabilidade da moeda fiduciária, abrindo espaço para que ativos alternativos, como o Bitcoin, ganhem popularidade.

Bitcoin: estabilidade ou risco?

No universo das criptomoedas, o Bitcoin é frequentemente visto como uma alternativa ao dólar, principalmente por sua oferta limitada e resistência à inflação. Contudo, sua volatilidade permanece como um fator de alerta.

Se a pessoa realmente ‘tem o estômago’ para aguentar as oscilações do Bitcoin, pode até considerar essa alternativa. Mas ele ainda é muito instável, com preços que podem dobrar ou cair drasticamente em questão de semanas, comentou Godke. Essa incerteza ressalta a importância de se considerar o perfil de risco de cada investidor.

Sena também destacou que, “embora o Bitcoin seja reconhecido pela sua oferta limitada – com apenas 21 milhões de unidades em circulação –, é fundamental lembrar que ele sempre apresentou picos de alta seguidos por quedas bruscas. A adoção massiva por grandes instituições, inclusive por meio de ETFs, mostra um crescente interesse”. Contudo, ele pontuou que é preciso ter cautela para não se deixar levar apenas pelo entusiasmo do momento.

Por outro lado, Roger Darashah destaca que “a crescente adoção institucional e a desconfiança nos sistemas financeiros tradicionais ampliam a mudança para ativos descentralizados. Investidores veem no Bitcoin uma proteção contra a inflação e a instabilidade das moedas estatais”.

Além disso, o desenvolvimento de tecnologias como blockchain e a possível implementação de moedas digitais dos bancos centrais (CBDCs) estão remodelando a forma como as transações são realizadas. Assim, oferecendo novas oportunidades e desafios no equilíbrio entre investimentos tradicionais e digitais.

Especialistas apontam a atuação do euro no cenário global como uma alternativa estável. Apesar dos desafios econômicos enfrentados na Europa, sua política monetária conservadora e neutralidade geopolítica o tornam uma opção atrativa para diversificação em meio às incertezas que afetam o dólar.

Cripto ou dólar

Em resumo, a escolha entre manter o dólar ou investir em criptomoedas depende de uma análise cuidadosa dos riscos e oportunidades associados a cada opção. Investidores devem acompanhar de perto indicadores econômicos e políticos, além dos avanços tecnológicos que podem transformar o mercado financeiro.

Seja na proteção contra a inflação ou na busca por retornos mais altos, a diversificação do portfólio é essencial para navegar por esse cenário em constante mudança.

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Gabriel Gameiro
Formado em jornalismo pela PUC de São Paulo, Gabriel Gameiro é acumula 10 anos de experiência profissional. Ao longo de sua carreira, passou por diversas redações pelo país, tendo um portfólio robusto de coberturas e publicações de diferentes segmentos.
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