Mark Gorton, criador do software de compartilhamento de arquivos Limewire, se mostrou insatisfeito pelo fato de uma plataforma NFT adotar o mesmo nome de sua invenção.
O Limewire era uma das ferramentas mais conhecidas dos usuários da internet na primeira década dos anos 2000, sendo usado para compartilhar ou baixar arquivos de forma P2P. Apesar de estar inativo há anos, o programa voltou a virar destaque na mídia nos últimos dias, mas desta vez sendo relacionado ao mercado de tokens não fungíveis.
Confusão em relação aos nomes
Diversos sites e veículos de mídia começaram a divulgar que o Limewire voltaria a atividade, mas desta vez atuando como um marketplace de NFTs. No entanto, tudo não passa de um mal-entendido, visto que a plataforma cripto, prevista para ser lançada em maio deste ano, possui somente o mesmo nome do software que fez sucesso anos atrás.
Algumas reportagens ainda afirmavam que o novo Limewire teria comprado os direitos da antiga empresa, podendo dessa forma ser vinculado ao software. Porém, essa informação não é verdadeira, e ainda foi motivo de reclamações do criador do Limewire original, Mark Gorton.
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Criador do Limewire crítica nome do marketplace NFT
Em entrevista ao TorrentFreak, o antigo CEO do Lime Group LLC, empresa responsável pelo programa de compartilhamento, afirmou não ter sido notificado sobre a criação do marketplace com o mesmo nome, e que não gosta da vinculação que tem sido feito com a sua criação.
“Não estou entusiasmado com um grupo não relacionado de pessoas usando o nome LimeWire. Usar o nome LimeWire dessa maneira cria confusão e usa falsamente a marca que criamos para fins para os quais nunca foi planejado”.
No entanto, há realmente um fato que liga os dois projetos – o direito sobre o site Limewire.com. No ano passado, o Limewire NFT comprou este domínio de Zlatin Balevsky, ex-desenvolvedor do software, que era legalmente o proprietário do domínio há alguns anos.
No entanto, o próprio Balevsky enfatiza que é “arriscado dizer que o LimeWire ‘está de volta’, o projeto NFT não tem nada a ver com o original”.
Por que o marketplace NFT escolheu este nome?
Os CEOs do Limewire NFT, Julian e Paul Zehetmay, afirmam que este nome foi escolhido porque sua plataforma deseja focar em tokens não fungíveis que sejam relacionados ao mercado da música – o Limewire original era muito utilizado por usuários que queriam baixar arquivos de músicas em MP3.
No entanto, eles afirmam que em seu projeto os músicos ficarão com a maior parte dos ganhos pela venda dos ativos colecionáveis neste formato, algo não visto no software.
“No LimeWire, o artista sempre recebe a maior parte de todos os ganhos, mantém total controle e propriedade de seu conteúdo e tem direito a receber pagamentos de royalties mesmo quando seus colecionáveis são negociados mais abaixo no mercado secundário”
Julian e Paul ainda destacam que o foco de seu marketplace está em fazer todo o mercado NFT mais acessível para novos usuários, através de uma plataforma simples e com compras de tokens podendo ser feitas inclusive por cartões de crédito. Atualmente, boa parte das plataformas de venda de NFTs aceitam somente compras em criptomoedas.
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