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Copom reduz a taxa Selic para 12,75% a.a. Fed opta por manutenção e diz estar atento aos riscos da inflação

3 mins
Atualizado por Anderson Mendes

EM RESUMO

  • Copom reduz a taxa Selic para 12,75% a.a.
  • Fed opta por manutenção e diz estar atento aos riscos da inflação.
  • Federal Reserve mantém a taxa de juros inalterada na faixa 5,25% a 5,50.
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Como esperado pelo mercado, o Comitê de Política Monetária do Banco Central reduziu em 0,5% a taxa básica de juros da economia brasileira.

“Considerando a evolução do processo de desinflação, os cenários avaliados, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis, o Copom decidiu reduzir a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual, para 12,75% a.a.”

O Comitê entende que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2024 e, em grau menor, o de 2025. Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego.

Conforme a ata, “o ambiente externo mostra-se mais incerto, com a continuidade do processo de desinflação, a despeito de núcleos de inflação ainda elevados e resiliência nos mercados de trabalho de diversos países.”

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Os Bancos Centrais das principais economias permanecem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas. O comitê notou a elevação das taxas de juros de longo prazo dos Estados Unidos e a perspectiva de menor crescimento na China, ambos exigindo maior atenção por parte de países emergentes, diz a ata do Copom

Em relação ao cenário doméstico, o comitê observou maior resiliência da atividade econômica do que anteriormente esperado, mas o colegiado segue antecipando um cenário de desaceleração da economia nos próximos trimestres.

“As expectativas de inflação para 2023, 2024 e 2025 apuradas pela pesquisa Focus encontram-se em torno de 4,9%, 3,9% e 3,5%, respectivamente.”

As projeções de inflação do Copom em seu cenário de referência situam-se em 5,0% em 2023, 3,5% em 2024 e 3,1% em 2025. As projeções para a inflação de preços administrados são de 10,5% em 2023, 4,5% em 2024 e 3,6% em 2025. 

O Comitê reforça a necessidade de perseverar com uma política monetária contracionista até se consolidar não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas.

Se o cenário colaborar, o BC espera seguir com o plano de redução da Selic na próxima reunião

Em se confirmando o cenário esperado, os membros do Comitê, avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário.

A votação pela redução de 0,50 ponto percentual foi unânime. Para o dólar, o BC projeta a taxa de câmbio em USD/BRL 4,90. O valor para o câmbio é obtido pelo procedimento usual de arredondar a cotação média da taxa de câmbio USD/BRL observada nos cinco dias úteis encerrados no último dia da semana anterior à da reunião do Copom.

Maior economia do planeta opta por manutenção de juros

Nos Estados Unidos, o Federal Reserve manteve a taxa de juros inalterada na faixa 5,25% a 5,50%. É o maior patamar desde 2001.

O FOMC, que é o comitê de mercado aberto do BC americano, deixou claro que a inflação ainda preocupa e muito o governo.

“O sistema bancário dos EUA é sólido e resiliente. Condições de crédito mais restritivas para famílias e empresas poderão pesar sobre a atividade económica, as contratações e a inflação. A extensão destes efeitos permanece incerta. O Comitê permanece muito atento aos riscos de inflação”, diz a ata do Fed.

Para 2024, a instituição segue atenta para – se necessário – aumentar de novo a taxa de juros.

O Fed também projeta uma inflação de 2% a longo prazo. Apenas em 2026.

Indicadores recentes sugerem que a atividade econômica tem se expandido a um ritmo sólido. Os ganhos de emprego abrandaram nos últimos meses, mas permanecem fortes, e a taxa de desemprego permaneceu baixa. A inflação continua elevada.”

A votação pela manutenção foi unânime.

“À medida que nos aproximamos da taxa que consideramos apropriada para reduzir a inflação para 2% ao longo do tempo, os riscos tornam-se bilaterais. e o bom senso natural a fazer é se mover um pouco mais devagar [nas decisões de política monetária] e é o que estamos fazendo”, disse Jerome Powell acrescentando que as autoridades do Fed continuarão a tomar decisões “reunião a reunião”.

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Aline Fernandes
Aline Fernandes atua há 20 anos como jornalista. Especializada nas editorias de economia, agronegócio e internacional trabalha na BeINCrypto como editora do site brasileiro. Já passou por diversas redações e emissoras do país, incluindo canais setorizados como Globo News, Bloomberg News, Canal Rural, Canal do Boi, SBT, Record e Rádio Estadão/ESPM. Atuou também como correspondente internacional em Nova York e foi setorista de economia dentro do pregão da BM&F Bovespa, hoje B3...
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