De acordo com o relatório Futebol Brasileiro – edição especial – “A indústria da Copa do Mundo”, elaborado pela equipe de Equity Research do BTG Pactual com dados da FIFA, a edição no país do Oriente Médio já é a mais cara da história.
O Catar investiu pesado para organizar a Copa do Mundo de 2022 que começou no último dia 20 e termina em 18 de dezembro. Os dados do Front Office Sports que aparecem no relatório do BTG, mostram que a quantidade de dinheiro investida na Copa do Mundo de 2022 é bem acima das edições anteriores.
O custo total de sediar o torneio foi de US$ 220 bilhões, incluindo gastos em estádios e outros projetos de infraestrutura, tornando a Copa do Mundo do Catar a mais onerosa já realizada.
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O torneio é a principal fonte de receita da FIFA, gerando dinheiro com direitos de transmissão (49% do total), direitos de licenciamento (9%), acordos de marketing (26%) e direitos de hospitalidade e venda de ingressos (11%). Como a principal competição do esporte mais popular do mundo, a Copa do Mundo tem um enorme impacto para o país anfitrião do evento e para os países participantes devido ao seu amplo alcance e público.
A competição organizada e gerida pela FIFA acontece desde 1930 a cada quatro anos (exceto durante a Segunda Guerra Mundial) e está em sua 22ª edição, onde 32 países se enfrentam em 64 partidas para decidir quem leva o cobiçado título. E o Brasil estreou com tudo – com o gol mais bonito até agora – do camisa 9 da seleção, Richarlyson.
Receitas da Copa são analisadas em ciclos
Como a Copa do Mundo acontece a cada quatro anos, o relatório faz análises cíclicas porque a maior parte da receita é gerada no ano em que o evento é realizado. Os dados analisados são das receitas da FIFA no último ciclo de Copa do Mundo (2015-18) e de edições recentes, incluindo a Copa no Brasil em 2014.
Direitos de transmissão são a maior parte das receitas da FIFA
Os clubes têm alguns fluxos de receita, com a transmissão sendo a número 1 (50% para as 5 principais ligas europeias e a Série A do Brasil). Seguindo a mesma tendência, quando a equipe de Equity Research do BTG analisou as receitas da FIFA, que em sua maioria vêm da Copa, os direitos de transmissão são 49% e totalizaram US$ 3,13 bilhões no último ciclo da Copa, de um total de US$ 6,4 bilhões em 2015-18,
Assim, a participação dos direitos de transmissão nas receitas da FIFA é semelhante às ligas mais populares do mundo.
Para efeito de comparação, as receitas de transmissão foram 52% das receitas operacionais dos clubes brasileiros da Série A em 2020, enquanto nas 5 principais ligas europeias (Premier League, La Liga, Bundesliga, Serie A e Ligue 1), as receitas de transmissão foram 51% do faturamento total.
Audiência global
Segundo a FIFA a última Copa do Mundo, organizada pela Rússia em 2018, teve uma cobertura total de transmissão de 3,6 bilhões, sendo 3,3 bilhões de espectadores em casa (audiência com um equipamento próprio) + 300 milhões de espectadores fora de casa (audiência com um equipamento não próprio em ruas e bares por exemplo). A final foi assistida por 1,1 bilhão, com média de 517 milhões de visualizações em casa.
De acordo com a GOAL, a competição tem a segunda maior audiência, atrás apenas do Tour de France, que em 2021 teve uma audiência de 3,5 bilhões em comparação com uma audiência em casa de 3,3 bilhões para a Copa do Mundo.
O Super Bowl, um dos principais eventos esportivos dos EUA, ocupa o 9º lugar entre as 10 competições mais assistidas, com uma base de audiência de aproximadamente 100 milhões.
Eventos que levam mais tempo (por exemplo, a Copa do Mundo e as Olimpíadas) tendem a ter um público cumulativo maior do que eventos de 1 dia. Se compararmos o Super Bowl de 2022 com as finais da Copa do Mundo de 2018, este último teve um público 5,2x maior.
A FIFA espera que o Mundial de 2022 atinja níveis parecidos aos de 2018, com + 3 bilhões de espectadores e +1 bilhão de fãs assistindo à final.
Receitas comerciais são vitais
Comparando a participação de cada fluxo de receita da Copa do Mundo e as principais ligas globais, é possível ver a maior importância das receitas comerciais da Copa do Mundo, que incluem direitos de marketing (26% da receita no último ciclo) e direitos de licenciamento (9% no último ciclo), totalizando US$ 2,46 bilhões. Embora esse fluxo de receita seja 35% da receita da Copa do Mundo, é apenas 28% nas 5 principais ligas europeias e 15% nos 25 principais clubes do Brasil (a partir de 2021)
Venda de ingressos + direitos de hospitalidade = receitas de dias de jogo da Copa do Mundo
As receitas de dias de jogo em uma Copa do Mundo provêm da venda de bilhetes e direitos de hospitalidade (licenças concedidas a prestadores de serviços para fornecer acomodações e vender produtos/serviços). Essa linha representou 11% da receita no último ciclo, ou US$ 712 milhões, semelhante a ligas europeias e clubes brasileiros (10% da receita pré-Covid).
Copa do Mundo distribui prêmios generosos em dinheiro aos países participantes
Todos os países recebem prêmios em dinheiro pela participação e um adicional de US$ 1,5 milhão para ajudar nos custos de preparação para o torneio. As nações também recebem bonificações em dinheiro progressivamente mais altos, dependendo de quão longe eles vão.
US$ 440 milhões em prêmios serão pagos na Copa do Mundo 2022, com o vencedor embolsando US$ 42 milhões.
O Catar tem 8 estádios para serem usados na Copa do Mundo, que a Fifa espera receber mais de 200 mil torcedores por dia durante a fase de grupos. A Federação Internacional de Futebol pode ultrapassar o orçamento de US$ 6,4 bilhões, com uma perspectiva de receita de US$ 4,6 bilhões em 2022.
A FIFA espera que o Mundial deste ano atinja níveis semelhantes aos de 2018, com +3 bilhões de espectadores e +1 bilhão de fãs assistindo à final. E a próxima Copa do Mundo em 2026, será sediada por 3 países (EUA, Canadá e México) pela primeira vez em quase 100 anos de história do evento.
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