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Copa do Mundo de Clubes movimenta fan tokens de times brasileiros

4 Min.
Atualizado por Lucas Espindola

Resumo

  • O $MENGO é hoje um dos tokens que tem performado melhor, sendo um dos campeões de staking na Socios.com
  • A Copa do Mundo de Clubes da FIFA movimentou o mercado de fan tokens ao redor mundo.
  • Os clubes podem ter na blockchain uma opção personalizada dos planos de socio torcedor.
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Com quatro times brasileiros disputando as oitavas de final da Copa do Mundo de Clubes da FIFA, os fan tokens voltaram a engajar as torcidas. Entre o grupo, apenas o Botafogo não investiu em tokens personalizados. Porém, Palmeiras, Flamengo e Fluminense foram alguns dos times que entenderam os ativos como forma de engajar a base de torcedores e angariar rendas extras.

Entre os três clubes que estão na disputa, o Flamengo foi o que teve a maior performance no âmbito digital. Em 2021, o time criou o $MENGO e, durante o jogo contra o Chelsea na sexta-feira (20), a cripto valorizou 12%. Neste momento, o $MENGO está cotado a R$ 0,60, e seu valor de mercado corresponde a US$ 1.282.855.

Fonte: FanTokens.com

Durante o jogo entre Palmeiras e Inter Miami, que terminou em empate, o $VERDÃO registrou um volume crescente de transações. Atualmente, o valor de mercado do fan token é de US$ 356 mil, com mais de 1.431.500 unidades circulantes.

Já o $FLU, token do Fluminense, não teve uma performance significativa no jogo que terminou empatado com o Sundowns. Desde a vitória sobre o Ulsan Hyundai por 4 a 2, o valor de mercado do $FLU vem enfrentado um rali.

Fonte: FanTokens.com

Como o desempenho em campo influencia o sucesso dos fan tokens?

Para Bruno Pessoa, country manager do Grupo Chiliz no Brasil, a exposição internacional proporcionada pela Copa de Clubes da FIFA gera mais visibilidade aos fan tokens do que os campeonatos locais. No entanto, o desempenho dos times em campo é o principal fator por trás da valorização desses ativos.

Eventualmente podemos notar um comportamento de aumento [do fan token] prévio à partida e uma pressão de venda logo depois do apito final, ainda que o resultado seja positivo. Em caso de volatilidade maior, sugere-se uma movimentação mais especulativa, comenta Pessoa.

Além disso, é possível observar uma tendência de retenção dos tokens ao longo dos campeonatos, quando o desempenho dos times é positivo. Outro ponto favorável aos torneios internacionais, além da visibilidade, são as plataformas globais que facilitam a aquisição desses ativos por usuários estrangeiros.

Por que os times brasileiros investem em fan tokens?

Os fan tokens geram receita direta para os clubes que conseguem mobilizar suas torcidas, já que parte do valor das vendas é destinada às equipes. O valor desses ativos também está na sua exclusividade, por se tratarem de itens colecionáveis.

Um fan token permite uma interação especial entre o clube e seu torcedor, pois traz consigo uma conexão mais profunda e um senso de propriedade e participação. E tudo isso é proporcionado pela tecnologia blockchain, que assegura a autenticidade de cada colecionável do clube. Pode-se dizer que o fan token está alguns passos à frente do que vemos nos programas atuais de sócio-torcedor, afirma Pessoa.

No Brasil, a Socios.com, representada nacionalmente pelo Grupo Chiliz, é responsável pelos tokens dos principais times do Brasileirão. Além dos já mencionados, o Sport Club Corinthians Paulista criou o $SCCO; o São Paulo Futebol Clube, o $SPFC; o Club de Regatas Vasco da Gama, o $VASCO; e o Clube Atlético Mineiro lançou o $GALO.

Segundo a teoria do professor do MIT Thomas Malone, as pessoas tendem a se engajar em algo por três razões: dinheiro, amor e glória. Para Pessoa, os fan tokens esportivos atendem aos três aspectos.

Quando pensamos nas estratégias dos clubes, o grande trunfo está em uma boa comunicação, educação sobre um produto inovador e, especialmente, no apoio ao desenvolvimento de novas funções e utilidades para os fan tokens. Como ainda é algo relativamente novo, há muito espaço para experimentação e para que cada clube adote a estratégia mais adequada ao seu contexto, explica.

Qual a diferença entre os fan tokens no Brasil e na Europa?

Na Europa, o mercado é mais educado financeiramente, com maior acesso à tecnologia e recursos disponíveis para investir em fan tokens. No entanto, no Brasil, a cultura e a paixão pelo futebol são diferenciais relevantes para engajar os torcedores em novos produtos ou modelos de negócio, avalia Pessoa.

Os clubes brasileiros não são os únicos tokenizados competindo na Copa do Mundo de Clubes da FIFA em 2025. Os tokens do PSG ($PSG) e do Atlético de Madrid ($ATM) valorizaram, respectivamente, 5% e 6% nos jogos da segunda-feira (23).

De fato, dados da Socios.com indicam que o volume de negociações está aumentando, com cerca de US$ 250 mil movimentados até o final da semana.

Amanhã (28), o Benfica enfrentará o Chelsea às 17h. O clube português foi um dos primeiros a lançar um fan token em Portugal, o $BENFICA. Dados do FanToken apontam que o ativo está em queda, valendo US$ 0,76, ou R$ 4,16, no momento de publicação da reportagem.

Além disso, na segunda-feira (30), outros dois clubes tokenizados entram em campo: Manchester City Football Club ($CITY) e Inter de Milão ($INTER).

O que esperar da nova geração de torcedores?

Segundo o executivo, existem fatores que favorecem o investimento em fan tokens como ferramenta de engajamento. O primeiro é geracional: a Geração Z consome esportes e entretenimento de forma hiperconectada.

Em 2022, uma pesquisa do grupo SBF identificou a relação dos jovens com os esportes. Do total, 56% da Geração Z acreditavam que o esporte deveria ir além do jogo e se envolver com questões sociais e tecnológicas. Mais de 70% assistem às partidas enquanto interagem nas redes sociais, principalmente no WhatsApp.

Outro fator é a globalização dos eventos esportivos, que se transformam em produtos de consumo e entretenimento. Além dos clubes de futebol, a Chiliz oferece fan tokens de organizações como UFC e equipes de Fórmula 1, incluindo McLaren, Alpine e Aston Martin.

Por fim, Pessoa destaca os tokens de equipes de e-sports, como a brasileira MIBR, como uma tendência relevante para os próximos anos, sobretudo porque esses times já são nativamente digitais e conectados com a cultura gamer.

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Renan Honorato
Jornalista por paixão, exerce a profissão com seriedade. Cobre temas relacionados à economia criativa, Web 3.0 e geopolítica. Trabalhou na redação do Meio & Mensagem e colabora para o UOL. Almeja um mestrado em relações internacionais na USP, além de atuar como parceiro da Oboré na comunicação da Praça Memorial Vladimir Herzog. Sugestões de pauta são sempre bem-vindas.
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