A 2TM, controladora da exchange brasileira Mercado Bitcoin, anunciou na manhã de quarta-feira (1), a demissão de cerca de 90 funcionários. Segundo a empresa, o objetivo é reduzir as despesas para enfrentar o que chamou de momento difícil no cenário financeiro global para as chamadas Growth Techs, que são companhias de base tech.
De acordo com a 2TM, as demissões estão conectadas diretamente com o atual cenário de altas taxas de juros, que levam os investidores a buscarem por ativos com menor risco, e ao aumento da inflação. Além disso, a queda do Bitcoin e a lateralização do movimento de preço do ativo vem diminuindo o interesse pelas criptomoedas.
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Para a empresa, “o recente tombo da Luna e o chamado ‘inverno cripto’ também podem ter impactados e influenciado novos investidores e entusiastas, levando parte do mercado à desconfiança nos criptoativos”.
Ela acrescenta que “essa nova realidade exige que a 2TM também busque uma nova equação de crescimento e investimento. Assim, o cenário exigiu ajustes que vão além da redução de despesas operacionais, tornando-se necessário também o desligamento de parte de nossos colaboradores. O processo que realizamos foi pautado pela transparência e respeito, de modo a honrar o legado de cada colaborador que nos ajudou a chegar até aqui”.
Em nota à imprensa, o Mercado Bitcoin explicou que ofereceu um pacote de benefícios para todos os colaboradores envolvidos na demissão nos campos pessoal e profissional, que vai desde ajuda para recolocação no mercado, até manutenção do seguro saúde por um período determinado.
A companhia informou que “segue firme no seu propósito de construir a infraestrutura líder de mercado baseada em blockchain”.
Mercado cripto também está demitindo
A mexicana Bitso e a argentina BuenBit recentemente desligaram colaboradores, mesmo caminho da Robinhood e Coinbase nos Estados Unidos. Já no Brasil, unicórnios como Loft e Quinto Andar foram as primeiras a demitir.
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