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Conheça a tecnologia que promete deixar o Bitcoin com ‘cara de Ethereum’

3 mins
Por Luis Esparragoza
Traduzido Anderson Mendes

EM RESUMO

  • A tecnologia é chamada de rollup. Trata-se de um conjunto de transações "enroladas" para economizar tempo e custos.
  • Rollkit é o desenvolvimento que permite fazer rollups usando o Bitcoin como rede principal.
  • Sem suspeitar, o Taproot do Bitcoin permitiu esses tipos de inovações.
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Aplicativos que foram desenvolvidos em outras blockchains, como o Ethereum (ETH) e protocolos de criptomoedas, podem agora explorar a rede Bitcoin (BTC) graças a um novo método.

Rollkit é o nome do novo desenvolvimento que combina rollups no estilo Ethereum com o Bitcoin.

A tecnologia conhecida como ‘rollup’, que se refere a “rolar”, é uma solução de segunda camada para otimizar transações. Uma coleção de transações é simplesmente “enrolada” em uma e transmitida na segunda rede até retornar à cadeia principal. Essa tecnologia teve origem no ecossistema Ethereum como solução para o alto custo das taxas da rede.

Na página oficial do Ethereum, é destacado:

“Rollups ‘enrolam’ centenas de transações em uma única transação na camada 1. Isso distribui as taxas da camada 1 (Camada 1 ou L1) entre todos os participantes do rollup, tornando-as mais baratas para cada usuário individual. As transações de acúmulo são executadas fora da Camada 1, mas os dados sobre essa transação são publicados na Camada 1.”

O que são rollups Rollkit?

De acordo com o anúncio publicado em blog, o Rollkit funciona de forma modular, com uma camada de execução de transações e outra de dados, fornecida pela blockchain do Bitcoin:

“Rollkit é uma estrutura de rollup modular, onde os desenvolvedores podem conectar camadas de execução personalizadas e outras camadas de provedores de dados”

No exemplo a seguir, pode-se ver como o Rollkit pode usar outros protocolos não-Bitcoin e escrever essas transações nessa rede, embora também possa ler as transações existentes na blockchain do Bitcoin para garantir o funcionamento desse esquema.

Fonte: rollkit.dev

Ainda mais interessante é que na camada de execução, o sistema Rollkit, é possível não só usar o Ethereum Virtual Machine (EVM), o computador virtual Ethereum, mas basicamente qualquer outro protocolo.

Os desenvolvedores do Rollkit já testaram o EVM e também o Cosmos, outra plataforma de contratos inteligentes, dizem eles.

A intenção é que a rede Bitcoin possa expandir suas capacidades removendo obstáculos e custos para o usuário final:

“À medida que avançamos para um futuro em que as comunidades se formarão em torno de diferentes aplicativos de maneira soberana, pedir-lhes que incorram em altos custos e esforços para executar uma blockchain para alcançar essa soberania não é sustentável. Os rollups soberanos resolvem isso ao possibilitar a implantação de uma cadeia soberana que herda a disponibilidade de dados e o consenso de outra camada 1, como o Bitcoin.”

Como aplicativos Ethereum como Rollups chegaram ao Bitcoin?

Do Rollkit, eles relatam que esse desenvolvimento foi possível graças a uma tecnologia que recentemente gerou polêmica no Bitcoin: Ordinals.

Como o BeInCrypto relatou, o Ordinals permitem que dados aleatórios sejam armazenados na blockchain do Bitcoin. Principalmente, a comunidade salvou imagens e arte em geral, no estilo dos populares NFTs ou tokens não fungíveis.

Para isso, fazem uso de transações do tipo Taproot, que contém um espaço virtual onde essas informações podem ser armazenadas. O Rollkit também usa transações semelhantes ao Taproot para ler e gravar dados do Bitcoin, relatam os desenvolvedores.

Por que usar aplicativos Ethereum no Bitcoin?

Rollkit afirma que esta é uma solução de escalabilidade que pode reduzir custos em Bitcoin (BTC) e tornar muitas coisas possíveis em sua rede.

Eric Wall [pesquisador] descobriu que publicar dados no Bitcoin é 7 vezes mais barato do que no Ethereum. Agora que existem milhares de assinaturas de Bitcoin, está claro para nós que rollups soberanos e um ecossistema de dapps de Bitcoin podem ser uma realidade. A peça que faltava era um método para integrar o Bitcoin como uma camada onde os dados estão disponíveis.

Da mesma forma, é claro que os desenvolvedores poderão executar outros protocolos tomando a camada 1 do Bitcoin como referência, expandindo suas funcionalidades e capacidades. Dessa forma, a rede blockchain pode ser uma ótima alternativa ao Ethereum para desenvolvedores e criadores de projetos cripto.

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Anderson Mendes
Formado em Administração de Empresas pela Universidade Positivo, Anderson atua como redator para o BeInCrypto há 2 anos. Escreve sobre as principais notícias do mercado de criptomoedas e economia em geral. Antes de entrar para a equipe brasileira do site, participou de projetos relacionados à trading, produção de notícias e conteúdos educacionais relacionados ao mundo cripto em sua cidade natal, Curitiba.
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