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“Tokenização é a ‘uberização’ do mercado financeiro”, afirma CEO

3 mins
Atualizado por Luís De Magalhães

EM RESUMO

  • CEO da BlockBR acredita que a tokenização pode revolucionar o mercado financeiro do Brasil, assim como o Uber fez com o transporte.
  • Para ele, a tokenização tem o potencial de desvincular agentes financeiros das instituições tradicionais.
  • A tecnologia também seria capaz de proporcionar a redução de custos e incentivar a inovação.
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A presença da tokenização no mercado está em expansão e deve continuar crescendo nos próximos anos, especialmente em setores como o financeiro, onde o impacto é ainda mais significativo. É essa a visão de Cassio Krupinsk, CEO da BlockBR, fintech brasileira especializada criação de infraestrutura para tokens digitais.

De acordo com o executivo, a digitalização de ativos está revolucionando mercado financeiro da mesma forma que a Uber transformou o setor de transportes.

Menor dependência dos grandes bancos

Segundo Krupinsk, a tecnologia de tokens está democratizando o acesso a investimentos e alterando profundamente as estruturas tradicionais do mercado. No fim do dia, segundo o executivo, isso oferecendo mais flexibilidade e acessibilidade a investidores e empresas.

Muitos empreendedores ainda buscam o caminho mais fácil, optando por se integrar aos moldes tradicionais do mercado financeiro. No entanto, a tokenização oferece uma nova abordagem, permitindo que esses agentes uberizem o setor e adquiram autonomia. Assim, fundos de investimento podem tokenizar de diferentes formas sua estrutura, eliminando etapas e reduzindo custos. Gestoras de ativos podem expandir seu portfólio com ativos tokenizados, desde imóveis a startups, acessando novos pools de distribuição, afirma.

Vale lembrar que, no cenário global, o Brasil é um dos países que lideram o debate sobre digitalização de ativos. Nesta semana, o Banco Central (BC) anunciou uma parceria com a entidade monetária de Hong Kong para usar pagamentos tokenizados com o uso do Drex.

Além disso, a tokenização de ativos no mercado financeiro alcançou um TVL (valor total bloqueado) de US$ 8 bilhões, conforme levantamento da Messari. De acordo com o estudo, o crescimento é impulsionado principalmente por ativos lastreados em dívida e pela participação de grandes players, como a BlackRock.

O aumento das exigências regulatórias por órgãos como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), no Brasil, e a Securities and Exchange Commission (SEC), nos EUA, impõe a necessidade de constante atualização e conformidade, o que pode ser custoso e demorado. A necessidade de investir em novas tecnologias, como inteligência artificial e big data, é crucial para manter a competitividade, exigindo não apenas altos custos de implementação, mas também formação e retenção de talentos qualificados, completa Krupinsk.

As várias faces do mercado financeiro

As gestoras de ativos enfrentam desafios na custódia, administração de fundos e conformidade regulatória. Normalmente, elas dependem de intermediários que impõem restrições e taxas, afetando a flexibilidade e a capacidade de diversificação. A tokenização, de acordo com o CEO da BlockBR, permite que gestoras ampliem seus portfólios com ativos como imóveis e startups. Isso aumenta a acessibilidade e reduz os custos de administração.

Além disso, os fundos de investimento podem usar a tokenização para criar novos produtos, otimizando a eficiência e melhorando a performance.

Essa transformação permite uma distribuição mais direta, sem a necessidade de intermediários caros. Essa abordagem também ajuda a atender melhor às exigências regulatórias, ao mesmo tempo em que reduz custos e acelera processos, explica Cassio.

Além disso, o executivo destaca que os escritórios de assessoria de investimentos também podem se beneficiar da tokenização. Hoje, eles enfrentam conflitos de interesse ao promover produtos de parceiros comerciais, limitando sua ação. Com a tokenização, os escritórios podem assumir um papel de estruturador, negociando diretamente com tomadores de crédito e aumentando a transparência para os clientes.

As securitizadoras e as fintechs também não ficam de fora. A primeira, ganharia maior independência de bancos para distribuição e otimização de processos. Já as fintechs, que muitas vezes se veem obrigadas a integrar sistemas convencionais para crescer, ganharia maior liberdade para tirar do papel seus propósitos iniciais.

A crise dos FIDCs é um exemplo de como essa integração pode falhar. A tokenização oferece às fintechs uma oportunidade de voltar às raízes da inovação, finaliza.

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Thiago Barboza
Thiago Barboza é graduado em Comunicação com ênfase em escritas criativas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Em 2019 conheceu as criptomoedas e blockchain, mas foi em 2020 que decidiu imergir nesse universo e utilizar seu conhecimento acadêmico para ajudar a difundir e conscientizar sobre a importância desta tecnologia disruptiva.
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