A Coinbase Institutional apontou três tendências que devem moldar o mercado de criptoativos na segunda metade de 2025. Além da perspectiva macroeconômica mais positiva, o aumento da demanda corporativa de curto prazo e uma maior clareza regulatória estão no centro do estudo.
Essas dinâmicas são vistas como catalisadoras de um crescimento significativo e transformações estruturais no ecossistema de ativos digitais, com destaque para a valorização contínua do bitcoin e a ampliação da participação institucional.
A primeira tendência identificada faz referência à melhora no cenário macroeconômico global. A Coinbase prevê que os riscos de uma recessão severa estão diminuindo, sendo mais provável uma desaceleração leve ou até mesmo a completa evasão de uma recessão.
Além disso, o relatório da instituição ressalta que os Estados Unidos devem experimentar um crescimento econômico mais robusto. A avaliação é que a redução das taxas de juros pelo Federal Reserve até o final de 2025 possa impulsionar o setor. Com o aumento da liquidez, as condições favorecem a continuidade da tendência de alta dos preços dos ativos digitais. Outros elementos que entram na conta são a expansão da oferta monetária M2 e os balanços dos bancos centrais globais.
A expectativa é que os valores de mercado não retornem aos patamares de 2024, beneficiando ativos como o bitcoin em um ambiente de inflação controlada e políticas fiscais favoráveis.
A demanda institucional por criptoativos cresce globalmente
A segunda tendência relevante é a crescente demanda corporativa por criptoativos. Esse é um movimento que acompanha as empresas que entendem as criptomoedas como uma estratégia eficaz de alocação de capital.
De fato, a estimativa é que aproximadamente 228 companhias abertas ao redor do mundo detenham cerca de 820 mil BTC. Além disso, muitas delas podem ter feito investimentos em ETH, SOL e XRP.
A Galaxy Digital destacou que cerca de 20 dessas empresas utilizam estratégias de financiamento alavancado, modelo criado pela Strategy (anteriormente MicroStrategy). Com as novas normas contábeis do FASB permitindo a contabilização de ativos digitais a valor de mercado justo, a entrada corporativa tende a se intensificar.
Nesse contexto, emerge um novo tipo de veículo de investimento: os PTCVs. Conhecidos como veículos de cripto negociados publicamente, ou PTCV, eles acumulam criptomoedas por meio da emissão de ações e títulos conversíveis.
Apesar do potencial de crescimento, esses instrumentos carregam riscos, como a venda forçada de ativos para pagamento de dívidas e a venda discricionária. No entanto, os riscos de curto prazo permanecem baixos, já que a maioria dessas dívidas só vencerá entre 2029 e 2030.
Com índices saudáveis de empréstimo em relação ao valor dos ativos, muitas empresas poderão refinanciar sem a necessidade de liquidar suas posições. Isso sustenta a expectativa de continuidade na acumulação de cripto no segundo semestre de 2025.
A regulamentação pode gerar garantias ao setor
Por fim, a terceira tendência destacada pela Coinbase foi o avanço em direção a um arcabouço regulatório mais claro nos Estados Unidos. Diferente da postura anterior de “regulação por aplicação”, o Congresso e a Casa Branca estão articulando uma legislação abrangente para ativos digitais.
De fato, projetos como o STABLE Act e o GENIUS Act, devem estabelecer requisitos mais sólidos em termos de reservas. Além de reforçar o combate à lavagem de dinheiro e proteção ao usuário. Espera-se que ambos sejam unificados até agosto de 2025.
No campo da estrutura de mercado, o CLARITY Act busca delimitar as competências entre a Comissão de Valores Mobiliários e a Comissão de Negociação de Futuros de Commodities. Para isso, deve ser utilizando o FIT21 como base de referência.
Esses avanços prometem oferecer um ambiente mais previsível e seguro para investidores institucionais e individuais. O que pode ajudar na consolidação dos criptoativos como parte integrante da economia global nos próximos trimestres.
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