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Cofundador do Ethereum adverte sobre riscos de centralização da rede pós-fusão

2 mins
Por Luis Jesu00fas Blanco Crespo
Traduzido Anderson Mendes

EM RESUMO

  • Anthony Di Iorio manifestou suas preocupações sobre o domínio de alguns detentores na rede Ethereum.
  • Ele também enfatizou o grande poder que as exchanges de criptomoedas exercem.
  • "Foi demonstrado que existem apenas dois endereços que respondem por quase 50% de todas as validações", disse o cofundador do Ethereum.
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Duas semanas após a conclusão do The Merge, a histórica fusão do Ethereum (ETH) continua gerando discussão, com o cofundador da rede Anthony Di Iorio levantando preocupações sobre os riscos de centralização.

Durante uma entrevista com Kitco News nesta quinta-feira (29), Anthony Di Iorio mostrou suas preocupações sobre o domínio que alguns detentores agora terão na rede Ethereum:

“Estou preocupado com os riscos de centralização do método de prova de participação. Acho que agora foi mostrado que existem apenas dois endereços que representam quase 50% de todas as validações.”

Apesar de expressar seu otimismo sobre uma futura descentralização da rede, o cofundador também enfatizou o grande poder que as exchanges de criptomoedas exercem:

“Estou preocupado com entidades como exchanges que estão tendo muita tração e a validação que está acontecendo agora, então não é um sistema perfeito e, quem sabe, podem surgir coisas que não eram. Achei que isso poderia levar a maiores riscos.”

Causas para a centralização do Ethereum

Anthony Di Iorio é conhecido por ser um dos cofundadores do Ethereum ao lado de Charles Hoskinson, Vitalik Buterin e Gavin Wood. No entanto, em julho de 2021, ele anunciou sua retirada da indústria cripto, depois de revelar preocupações sobre sua segurança pessoal.

Apesar de sua aposentadoria, Di Iorio acompanhou de perto os eventos que cercam o mercado de criptomoedas, especialmente a fusão do Ethereum. Em sua opinião, a atual centralização que está sendo presenciada na rede não está de acordo com o sonho inicial do projeto:

“O que você quer com redes descentralizadas são nós robustos; quer que muitos, alguém que está executando uma tecnologia que as pessoas fazem em qualquer lugar do mundo, participe e ajude a fortalecer o ecossistema para ser recompensado por fazê-lo. Mas não ajuda quando você tem apenas alguns, e se torna cada vez mais centralizado.”

Validação em poucas mãos

Nos dias que antecederam o The Merge, o BeInCrypto informou que 70% do ETH em staking é controlado por seis pools. Em particular, 31% do valor total é realizado através da Lido Finance, enquanto 30% é concentrado pela Coinbase, Kraken e Binance.

Para fazer uma avaliação mais gráfica, os dados da Santiment mostraram que 46,15% dos nós PoS da rede são controlados por dois endereços.

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Anderson Mendes
Formado em Administração de Empresas pela Universidade Positivo, Anderson atua como redator para o BeInCrypto há 2 anos. Escreve sobre as principais notícias do mercado de criptomoedas e economia em geral. Antes de entrar para a equipe brasileira do site, participou de projetos relacionados à trading, produção de notícias e conteúdos educacionais relacionados ao mundo cripto em sua cidade natal, Curitiba.
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