O desenvolvimento da inteligência artificial criou muitos temores de como a tecnologia pode mudar ou até mesmo destruir o mundo. E nenhum desses cenários incitou mais a criação de contramedidas do que a violação de direitos autorais por ferramentas de IA.
Para sanar este desafio urgente, a inciativa Fairly Trained criou um selo para empresas de IA que comprovarem que tem a permissão para usar conteúdo protegido no treinamento de suas ferramentas
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Protegendo criadores
A Fairly Trained foi fundada em novembro de 2023 pelo antigo vice-presidente de áudio da Stability AI, Ed Newton-Rex. Na época, ele deixou a empresa porque acreditava que a IA generativa estava “explorando criadores”.
O certificado proposto por Newton-Rex será dado a empresas que comprarem as licenças de dados protegidos para treinar seus modelos. Além disso, ela não se aplica àquelas que usam conteúdo transformado protegido por fair use.
Até agora, nove empresas de IA, com modelos de geração de imagens, música e voz, receberam o certificado. A lista inclui, por exemplo, as empresas Beatoven.ai, Boomy, BRIA.ai, Endel, LifeScore, Rightsify, SOMMS.AI, Soundful e Tuney.
“Eu sei que este primeiro certificado não soluciona todas as preocupações de criadores sobre IA generativa – especialmente o debate sobre opt-out. Nós queremos criar outras certificações sobre elas no futuro”, disse Newton-Rex, no Twitter (X).
IA viola leis de proteção?
Grandes empresas estão de olho em conteúdo produzido por inteligência artificial (IA) desde que a tecnologia se popularizou, no final de 2022. A Universal Music Group, por exemplo, já processou a plataforma de IA Anthropic.IA por criar conteúdo usando seu material protegido.
Quem normalmente está no centro das atenções desse debate é a OpenAI e o ChatGPT. A empresa e sua parceria Microsoft já receberam processos de um grupo de escritores que as acusam de treinar a ferramenta com conteúdo protegidos.
Além disso, no final de 2023, o jornal The New York Times também acionou a Justiça contra a OpenAI. Ele alega que a criadora do ChatGPT usou conteúdos de suas reportagens sem autorização.
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