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CEO do BeInCrypto, Alena Afanaseva fala sobre a crise bancária global

2 mins
Por Daniel Ramirez-Escudero
Traduzido Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • Alena Afanaseva argumenta que a crise bancária global continuará.
  • A CEO do BeInCrypto vê a crise bancária como um sintoma da recessão global.
  • Para Alena Afanaseva, as startups cripto ou web3 agora terão que repensar se vão apoiar seus fundos em bancos tradicionais.
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O setor bancário tradicional experimentou um mercado em baixa nas últimas semanas, o que causou o fechamento de bancos como, por exemplo, o Silicon Valley Bank (adquirido pela First Citizens), Silvergate, First Republic Bank, Signature Bank. Para a CEO do BeInCrypto, Alena Afanaseva, mais bancos podem fechar.

Outros grandes bancos que estão com problemas são o Deutsche Bank e o Credit Suisse (adquirido pelo UBS), dificultando o cenário de custódia de criptomoedas. A CEO do BeInCrypto vê a crise bancária como um sintoma da recessão global e listou as seguintes observações:

  • A possibilidade de uma recessão global é muito maior;
  • As quotas de mercado vão cair;
  • O petróleo também vai cair de preço;
  • As moedas locais das economias emergentes vão depreciar;
  • Altcoins também perderão valor;
  • Os metais preciosos aumentarão;
  • O dólar americano vai se valorizar;
  • Bitcoin (BTC) vai subir de preço.
Fonte: Instagram

Para Alena Afanaseva, as startups de cripto ou web3 agora terão que repensar se vão apoiar seus fundos em bancos tradicionais, como é o caso de algumas stablecoins, que reduzirão os investimentos em cripto ou fora dos Estados Unidos, enquanto as comunidades de desenvolvedores buscariam locais mais favoráveis, como América Latina e Dubai.

Pressões persistem para o Bitcoin

Na segunda-feira (27), a Commodity Futures Trading Commission (CFTC) dos Estados Unidos acusou a Binance de oferecer serviços derivativos de criptomoedas sem o devido registro no país. Além disso, o CEO, Changpeng Zhao, foi acusado de insider trading e de burlar os controles de KYC (conheça seu cliente).

A CEO do BeInCrypto explicou que o Silvergate e o SVB não serão os últimos bancos a fechar:

“Durante a pandemia, o Fed tentou apoiar os bancos, baixando os juros e injetando dólares no mercado para evitar a crise, quando na verdade foi o ponto de partida para a crise, pois quando os juros baixam, os preços sobem”.

Reguladores dos EUA pressionaram o mercado de criptomoedas, o dólar e o sistema bancário. Por outro lado, a fundadora da Haun Ventures e membro do conselho da Coinbase, Katie Haun, explicou que os reguladores estão reprimindo intencionalmente a indústria de criptomoedas e aproveitando a oportunidade para “reprimir” desde quedas de alto perfil em 2022.

Por outro lado, Alena Afanaseva argumentou que um aumento acelerado das taxas de juros poderia significar o seguinte:

“Uma queda nos preços dos títulos, que perderiam mais dinheiro do que todos os bancos dos EUA têm em seus saldos, uma vez que o Fed acelere seu aumento de taxa. Similarmente, os investidores de varejo que acreditaram nos bons tempos do setor bancário após o início das altas de juros também caíram na armadilha”.

Fonte: CoinMarkeCap

No dia 22 de março, o Fed anunciou um aumento de 0,25% na taxa de juros, de 4,5% para 4,75% ao ano, em uma tentativa constante de controlar a inflação nos Estados Unidos. Isto impactou o preço do Bitcoin, que caiu 2,3% a US$ 28.000.

Nos últimos dias, por fim, o preço do BTC variou de US$ 28.422 a US$ 27.299, com ganhos médios de 0,91%, segundo o CoinMarketCap.

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Júlia V. Kurtz
Editora-chefe do BeInCrypto Brasil. Jornalista de dados com formação pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia pela Globo e, agora, está se aventurando pelo mundo cripto. Tem passagens na Gazeta do Povo e no Portal UOL.
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