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CEO da Circle comemora parcerias no Brasil e diz que adoção cripto continua em estágio inicial

3 mins
Atualizado por Aline Fernandes

EM RESUMO

  • Jeremy Allaire, CEO da Circle, emissora da stablecoin USDC esteve no Brasil , anunciou parcerias com gigantes da indústria.
  • A emissora do USDC chega com a promessa de baratear custos e promete acesso fácil a stablecoin.
  • Sobre a corrida presidencial nos EUA, Allaire lembrou de Donald Trump, já que o candidato republicano defende com frequência as criptomoedas.
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Jeremy Allaire, CEO da Circle, emissora da stablecoin USDC esteve no Brasil, anunciou parcerias com gigantes da indústria. Ele disse no, entanto, que adoção de criptomoedas e stablecoins continua em estágio inicial.

O executivo, com mais de duas décadas de experiência, também falou que a parceria anunciada com BTG “representam um marco tremendo”

“Ainda estamos nos estágios iniciais e no início de uma utilização mais ampla dos dólares digitais, estamos no início de uso maior de blockchain no sistema financeiro.”

Allaire disse a um pequeno grupo de jornalistas na capital paulista que com toda a certeza está empolgado para ver uma adoção em maior escala pelos usuários finais.

 “Estou animado para ver mais instituições financeiras, mais fintechs, mais empresas de pagamentos, mais players que agora podem ter maneiras de acessar essa infraestrutura no Brasil. Portanto, essas são parcerias fundamentais, mas o número de instituições financeiras, fintechs e outros no Brasil é muito maior.”

Circle entra oficialmente no Brasil e BTG Pactual emitirá USDC

Durante essa passagem pelo Brasil, o chairman da Circle fechou uma parceria com o BTG Pactual. Isso significa que um dos maiores bancos de investimento da América Latina vai disponibilizar ao mercado USDC pelo sistema bancário local.

“O BTG será nosso parceiro de liquidez direta para a mintagem [registro dentro do blockchain] de USDC 24 horas por dia e sete dias por semana. Isso significa que em um nível de varejo e institucional, empresas e investidores poderão, quase instantaneamente, emitir e receber USDC no Brasil usando o real no sistema bancário local”.

A emissora do USDC chega, portanto, com a promessa de baratear custos e garantir acesso rápido a stablecoin da Circle.

“E por isso queremos fazer isso crescer e acho que agora temos a infraestrutura real, a infraestrutura financeira, temos os principais parceiros que podem realmente fazer isso crescer. Então eu acho que realmente é o começo e é sobre permitir, você permitir milhares de instituições aqui no Brasil para ser capaz de usar essa infraestrutura”, completa Allaire.

O CEO do BTG, Roberto Sallouti disse, durante o encontro da Circle, que a blockchain é provavelmente o trilho para o institucional, para o sistema financeiro no futuro. Fala, aliás que foi reforçada por Jeremy durante a conversa com jornalistas.

Allaire também citou o PIX do Banco Central (hoje com mais de 160 milhões de usuários) como caso de sucesso dizendo que no Brasil existe mentes mais abertas como a de Roberto Campos Neto, em relação a aceleração da tecnologia financeira e Drex.

“Estamos comprometidos em causar um impacto positivo no mercado brasileiro e em fazer parcerias com os principais stakeholders para capacitar as empresas a participarem da economia global com maior facilidade e eficiência”, disse o cofundador da Circle.

“Há muitas oportunidades poderosas no horizonte quando o ecossistema avançado de fintech do Brasil convergir com a plataforma em dólar mais acessível do mundo.”

Investindo pesado no Brasil

Sobre escolher lançar a Circle apenas agora no Brasil, Jeremy explicou que lançou primeiro a USDC em Singapura, impulsionado pela forte demanda asiática. No entanto, ele considera agora o Brasil um dos grandes players do mundo.

As pessoas sabem que a Ásia é um enorme centro para esta atividade, mas quando olhamos para outros mercados, olhamos para o Brasil.

Conforme o executivo, as ações dos reguladores como BC despertaram o olhar da Circle. Além do BTG, o emissor da USDC também tem parcerias com, por exemplo, o Nubank e Mercado Bitcoin.

CEO da Circle fala sobre CBDC dos EUA

Questionado se os Estados Unidos estão atrás do Brasil no quesito de moeda digital, Allaire lembrou que o país é o maior sistema financeiro do planeta. E que eles são os que mais têm a perder com a inércia atual.

No entanto, o CEO da Circle ressaltou que talvez o governo americano queira esperar “até que as coisas estejam mais desenvolvidas, antes de dar os próximos passos.”

Portanto, isso é de certa forma uma tendência para avançar lentamente. Mas, ao mesmo tempo, tem havido um ambiente em particular em torno da inovação fintech. E eu considero a Circle como uma delas. Foram construídas sob um regime regulatório americano, e assim tem havido muitos avanços.”

Eleições americanas e o impacto no mercado cripto

Sobre a corrida presidencial nos EUA, Allaire lembrou de Donald Trump, já que o candidato republicano defende com frequência as criptomoedas. No entanto, vale lembrar que Trump é contra o dólar digital.

“Independentemente de quem ganhar as eleições presidenciais nos Estados Unidos, vamos assistir a um trabalho mais construtivo e bipartidário para regulamentar o setor. Pode haver algumas diferenças de opinião aqui ou ali, mas penso que a direção-geral é, independentemente de tudo, no sentido de uma boa regulamentação.”

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Aline Fernandes
Aline Fernandes atua há 20 anos como jornalista. Especializada nas editorias de economia, agronegócio e internacional trabalha na BeINCrypto como editora do site brasileiro. Já passou por diversas redações e emissoras do país, incluindo canais setorizados como Globo News, Bloomberg News, Canal Rural, Canal do Boi, SBT, Record e Rádio Estadão/ESPM. Atuou também como correspondente internacional em Nova York e foi setorista de economia dentro do pregão da BM&F Bovespa, hoje B3...
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