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CEO da Binance abandona dinheiro e adota 100% cripto em meio a sucesso da BNB

2 mins
Atualizado por Paulo Alves

EM RESUMO

  • CEO da Binance já não usa mais dinheiro, apenas criptomoedas.
  • BNB, o token da exchange, valorizou fortemente em 2021.
  • Sucesso tem a ver com adesão à Binance Smart Chain, que tem tração também no Brasil.
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Changpeng Zhao, o CEO da Binance, está abandonando todo o seu patrimônio em moeda fiduciária.

A declaração foi dada em uma entrevista para o site Bloomberg publicada nesta quarta-feira (7), em um momento em que a BNB ultrapassava US$ 400 (R$ 2.240), segundo o Coinmarketcap. O objetivo de Zhao é converter o máximo possível de seus ativos em criptomoedas. “Eu sou uma pessoa que valoriza ter liquidez mais que possuir algo. Eu até prefiro não possuir nada”, justifica.

“Eu não tenho moeda fiduciária, os objetos físicos que eu possuo são provavelmente negligenciáveis em relação ao meu valor total. Então isto é uma mudança de conceito. Eu não uso cripto para comprar moedas fiduciáras, eu não estou usando cripto para comprar casas. Eu só quero ter criptomoedas e eu não planejo converter minhas criptomoedas em dinheiro no futuro.”

Essa decisão remete aos primeiros dias do CEO como investidor. Depois de trabalhar anos na criação de software voltados ao mercado financeiro, Zhao foi aconselhado a investir 10% de seu patrimônio em Bitcoin. Isto ocorreu em 2013, antes de o conceito de criptomoedas se tornar conhecido pelo grande público.

Zhao seguiu o conselho e, para isso, teve que vender seu bem de maior valor – um apartamento que ele havia comprado em Shangai em 2006. Só que essa venda demorou para acontecer, influenciando a decisão do CEO de possuir poucas coisas.

“Eu não tenho um carro? Eu não tenho uma casa. O problema com carros e casas é que eu não acho que eles sejam líquidos. Assim que você os compra, eles se tornam difíceis de se desfazer. Você pode alugar um apartamento em um hotel e isso lhe dá maior liquidez.”

Zhao também procura aplicar o conceito de descentralização na Binance. “O conceito de ‘empresa é uma das ideias mais abstratas que os humanos inventaram (…). Em essência, você precisa de uma estrutura em que um grupo de pessoas estão trabalhando com um objetivo em comum e com incentivos claros”, aponta.

Isso se traduz na prática com a empresa não tendo um escritório central e optando por ter colaboradores em todo o mundo. Como o próprio CEO diz, “você não precisa se sentar em um escritório [com seus colegas de trabalho] ao mesmo tempo. É uma forma mais eficiente de trabalhar para nosso negócio, até porque nós temos usuários de todo o mundo”.

Para 2021, a Binance pretende investir forte na solução de pagamentos Binance Pay, ainda sem previsão para chegar ao Brasil. Além disso, a empresa deve seguir apostando no sucesso da Binance Smart Chain, projeto DeFi que ganha adeptos rapidamente e impulsiona o preço do token BNB, utilizado para pagar taxas na rede.

Apesar de a tecnologia ter crescido bastante em 2020, a expectativa é que 2021 seja ainda melhor, revela a Country Manager da Binance Mayra Siqueira ao BeInCrypto.

“Há muitos projetos chegando, sejam brasileiros ou não. Muitos estão querendo ganhar espaço e se consolidar e estão mostrando a que vieram. Tem muitas possibilidades que são difíceis de acompanhar, porque o ritmo de novidades nesse mercado é muito grande e nunca se sabe quando algo revolucionário pode acontecer”, explica.

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Júlia V. Kurtz
Editora do BeInCrypto Brasil, a jornalista é especializada em dados e participa ativamente da comunidade de Criptoativos, Web3 e NFTs. Formada pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui mais de 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia, tendo passado por veículos como Globo, Gazeta do Povo e UOL.
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