A Fundação Cardano (ADA) publicou uma série de mudanças em seu programa para hackers que encontram bugs em sua rede. Entre eles, está o aumento de recompensas oferecidas a esses usuários.
Os hackers “white hat”, termo usado para definir hackers do bem, se tornaram parte fundamental do desenvolvimento de importantes blockchains. Para quem não conhece, eles são aqueles que se dedicam de forma ética a encontrar erros dentro de uma determinada rede, a fim de evitar que grupos e usuários maliciosas se aproveitem e causem problemas.
Como recompensa, grandes projetos cripto pagam recompensas a esses hackers caso eles encontrem e corrijam um bug. Um exemplo disso ocorreu na semana passada, quando um hacker encontrou um grande bug em uma das redes L2 do Ethereum (ETH) e faturou US$ 2 milhões como recompensa.
Agora, os desenvolvedores da Cardano anunciaram que dobrarão as recompensas para hackers que obtiverem vulnerabilidades em sua blockchain.
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Cardano em busca de melhorias em sua rede
O objetivo desta medida é melhorar a segurança da rede, que vive em rápido crescimento, o que obrigou seus desenvolvedores a redobrar esforços para melhorá-la e eliminar os erros que apresenta atualmente.
O programa de pagamento é dividido em dois: aqueles que cuidam dos nós da Cardano e aqueles que focam em suas carteiras. Cada um tem uma lista de recompensas que é distribuída de acordo com o tipo de bug encontrado. Esses bugs são classificados em: erros pequenos, médios, grandes e críticos.
Para os erros encontrados nos nós da rede, são oferecidas agora recompensas de US$ 800 dólares no caso dos pequenos. No caso de erros médios, as recompensas são US$ 2.000 a US$ 4.000 e nos grandes e críticos, US$ 10.000 e US$ 20.000, respectivamente.
Embora a recompensa por bugs encontrados nas carteiras seja um pouco menor em comparação, ainda serão de US$ 600 para bugs pequenos, US$ 2.000 para bugs médios, US$ 6.000 para bugs grandes e US$ 15.000 para bugs críticos.
O comunicado da Cardano deixa uma série de normas a serem seguidas para atender os casos que forem alcançados. A primeira regra que eles estabelecem é que os hackers não podem discutir o caso em público sem a aprovação da Fundação Cardano. Ainda és esclarecido que, caso dois hackers reportem o mesmo problema, a fundação só recompensará aquele que relatou primeiro.
Atos de engenharia social, como phishing, atividade ilegal que consiste em roubar informações pessoais dos usuários, como senhas ou dados bancários, também são proibidos. Usar outros nós que não são os que estão sendo corrigidos também não é permitido.
Por fim, o comunicado deixa uma lista de pontos do escopo do acordo ao qual os hackers estão se submetendo ao entrar no programa de detecção de erros na rede Cardano. Estes estabelecem o tipo de bugs que os hackers devem atender e vão desde aqueles que causam o travamento do serviço, até ataques que danificam a integridade da blockchain.
Esse movimento é uma boa maneira de envolver a comunidade com o projeto e, assim, criar um ecossistema muito melhor para os seus usuários.
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