Um café com gostinho de Bitcoin não existe, mas a blockchain que dá vida a esta criptomoeda já servirá para o rastreamento de plantações que dão vida a esta bebida secular. É que esta tecnologia será utilizada pela Nucoffe onde as primeiras sacas de café já receberam registro via blockchain.
A novidade faz parte da Syngenta, que anunciou o uso da tecnologia enquanto acontecia a Semana Internacional do Café. Conforme mostra a Revista Globo Rural, o evento aconteceu em Belo Horizonte – MG. 36 sacas de café foram exportadas para a Polônia graças ao uso recente da tecnologia blockchain pelo negócio.
Sustentabilidade e blockchain
O uso da blockchain ganha representatividade no processo de produção cafeeira de Minas Gerais. A tecnologia permite mais transparência sobre informações que vão do plantio ao ensacamento dos grãos.
Com o uso desta tecnologia o consumidor se aproxima do processo de produção do café. A blockchain possibilita que anotações sobre o plantio sejam consultadas por aqueles que procuram por produtos sustentáveis, por exemplo.
Este é o pensamento do gerente de marketing da Nucoffee. Em entrevista recente, Juan Gimenes também comenta sobre o fomento da competitividade. Para o especialista, a tecnologia blockchain colabora no processo de legitimar a produção do café em Minas Gerais.
QR Code permite o rastreamento
As primeiras sacas de café foram exportadas com o uso da tecnologia para o leste europeu. No entanto, seu uso permitirá que o café mineiro chegue em qualquer lugar do mundo.
Do café ao Bitcoin, a tecnologia blockchain pode ser integrada em inúmeros processos produtivos. Para a Embrapa, a blockchain deve representar o futuro “das relações contratuais e econômicas em escala global”.
O projeto foi desenvolvido pela Arabyka, uma startup que fez parceria com a Nucoffee. A empresa recém criada em Londrina (PR) aprimorou o sistema de rastreabilidade da produção de café que a Nucoffee já possuía.
Sem o uso de blockchain, a Nucoffe desenvolveu inicialmente uma rede que teve até dois mil fazendeiros cadastros. Contudo, o projeto que usa a blockchain é diferente e até possui programa de incentivo para os fazendeiros que preenchem informações sobre o café que produzem.
Para os fazendeiros que utilizam a blockchain para registrar informações, a Nucoffee oferece insumos que ajudam no plantio. Por outro lado, eles podem contar ainda com um apoio tecnológico para ficar por dentro da novidade no campo.
Com o rastreio daquilo que chega à mesa, os consumidores do futuro podem garantir uma aproximação maior com a bebida. E tudo isso acontecerá mediante o uso de um QR Code, que conferirá o “cheirinho” do café lá de longe que contará com a blockchain para ser exportado.
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