A C&A Brasil realizou uma parceria com a startup Blockforce, especializada em pesquisas e desenvolvimentos com a blockchain, sediada em São Paulo.
A C&A, uma das maiores redes varejistas atuantes no país, pretende utilizar a blockchain para realizar uma total integração entre o seu sistema de armazenamento de dados e produção com os sistemas de seus fornecedores.
O objetivo é utilizar a rede para intensificar o monitoramento das peças de suas coleções e o de melhorar a comunicação com os seus fornecedores.
Para isso, a companhia escolheu a Blockforce, startup brasileira que possui entre as suas especialidades, a de oferecer “ferramentas de blockchain desenvolvidas para otimizar processos e ampliar o impacto de negócios”.
Através da parceria, a C&A espera que as informações de cada unidade de suas peças sejam armazenadas na rede que surgiu com o Bitcoin, com promessa de dar mais praticidade e agilidade à cadeia de produção e distribuição dos produtos.
A empresa ainda destacou que espera que mais de 50% de seus produtos feitos no Brasil já estejam com informações inseridas na blockchain até o fim de 2021.
As informações de cada peça, como matérias primas, procedência e detalhes da cadeia de produção, ainda estariam disponíveis para os seus consumidores finais. Entretanto, a C&A ainda não revelou como os seus clientes poderão acessar esses dados.

A blockchain tem ganhado cada vez mais espaço em grandes marcas do varejo, em diversos segmentos. Uma das utilidades para o consumidor está no acesso a dados mais confiáveis sobre o histórico do produto, o que permitiria, em tese, descobrir se determinada peça tem origem em exploração ambiental ou trabalho escravo.
A C&A nunca foi acusada de envolvimento com escravidão contemporânea. No entanto, em 2014, a empresa foi condenada por aplicar jornada excessiva, não pagar horas extras descumprir descanso remunerado e intervalo para refeições.
Recentemente, marcas de luxo como a Prada e Louis Vuitton também adotaram a blockchain em uma iniciativa conjunta para combater a pirataria na moda. No Brasil, o grupo Carrefour também tem utilizado a tecnologia para aprimorar sua cadeia de suprimentos, rastreando alimentos distribuídos no estado de São Paulo.
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