A prefeitura de Buenos Aires planeja digitalizar a maioria dos procedimentos para facilitar o acesso dos moradores aos serviços da cidade. O plano contempla, entre vários aspectos, a possibilidade de pagamentos de impostos utilizando criptomoedas e a incorporação da tecnologia blockchain.
O contribuinte terá a liberdade de escolher se deseja quitar suas dívidas com o estado pagando com criptomoedas. A prefeitura da capital da Argentina disse estar trabalhando com diferentes exchanges (Bitso, SatoshiTango e BELO), que são referências no setor, para oferecer essa opção.
A prefeitura receberá todos os pagamentos de impostos em pesos, e as exchanges atuarão como intermediárias com os contribuintes, para que a administração pública não fique exposta à volatilidade no preço dos criptoativos.
O secretário de Inovação, Diego Fernández, explicou os motivos dessa implementação.
“Falar sobre criptomoedas é falar sobre inovação, liberdade e oportunidades. Com a tecnologia, surgiram novas formas de pagar e economizar, e queremos que as pessoas possam pagar com as ferramentas que já utilizam.”
Incorporando a Blockchain
Também está previsto no plano um projeto de identificação pessoal dos cidadãos por meio do uso da tecnologia blockchain. Justamente por operar em uma rede descentralizada que permite a rastreabilidade de registros e a proteção de dados pessoais, os usuário poderão controlar seus próprios dados.
A projeção é que o plano abrangerá todas as áreas da prefeitura de Buenos Aires. Eles afirmaram que não vão construir sua própria blockchain, mas que estão avaliando usar as redes já existentes como Ethereum (ETH), Bitcoin (BTC) ou de outras criptomoedas.
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Argentina, entre os países com maior adoção de criptomoedas
A adoção de criptomoedas vem crescendo significativamente na América Latina. Um relatório da Americas Market Intelligence (AMI) indicou que pelo menos 8% dos latino-americanos já investem em ativos digitais.
Segundo informações da AMI, a Argentina é o país que lidera a lista da região. No país hermano, mais de 1 em cada 10 cidadãos (12%) adotaram criptomoedas. Em segundo lugar está o Brasil com 7%. México com 6% e o Peru com 5% completam o topo.
Em 2021, o crescimento do mercado cripto foi de 12% na Argentina, em comparação com o crescimento de cartão de crédito de 29%, o que indica uma adoção impressionante de criptomoedas no país.
O relatório da AMI também mostrou o ótimo posicionamento inicial deste setor, considerando que o Bitcoin, a primeira criptomoeda, só foi implantado há pouco mais de uma década.
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