O consumidor brasileiro passa por um rápido processo de digitalização mesmo antes da popularização do Pix. É o que aponta um levantamento do Nubank divulgado na última segunda-feira (16).
A fintech vê um rápido crescimento em transações digitais no país. Em meio à pandemia, o brasileiro reduziu fortemente as compras presenciais. Enquanto isso, as compras online com cartão de crédito crescem nos últimos três anos.
Hoje, 45% dos gastos da fatura dos clientes do banco são referentes a transações via internet. As informações estão no relatório do Data Nubank.
Pix deve aumentar digitalização
A expectativa é que o movimento siga aumentando, em especial por conta da chegada do Pix. Ao BeInCrypto, o Nubank afirma que o sistema de pagamentos deve trazer novos usuários para as transações digitais.
Além de tornar mais rápido e prático o ato de fazer pagamentos e transferências, ele [Pix] vai baratear o processamento de pagamentos para todos os participantes, permitindo a chegada de novos entrantes no setor.
O mercado de cartões é visto como um dos possíveis perdedores com a eventual popularização do Pix. Com o maior uso de transferências, empresas como Visa e Mastercard já buscam soluções de diversificação.
No entanto, segundo o banco digital, o impacto do novo sistema de pagamentos deve se dar principalmente nas operações com dinheiro físico.
Acreditamos que principalmente o uso do dinheiro em espécie deve cair dramaticamente com a adoção cada vez maior de meios de pagamentos digitais, e pretendemos continuar na dianteira desse processo por meio de iniciativas como o Pix. Hoje ainda há bilhões de reais movimentados pelo uso do dinheiro vivo.
Atrativos comuns de criptomoedas também são vistos como benéficos. É o caso, por exemplo, do baixo custo das transações digitais.
Os custos de manter e transportar valores em espécie são muito altos. Ao migrar essas transações para sistemas digitais, toda a sociedade vai se beneficiar: os clientes, o varejo, o setor financeiro e várias outras cadeias econômicas.
Brasileiro guarda mais dinheiro na conta Nubank apesar da Selic baixa
No mesmo relatório, o Nubank aponta que o brasileiro vem aumentando o uso da função de guardar dinheiro. O recurso rende o saldo em 100% do CDI.
O movimento chama atenção porque a modalidade é baseada no CDI. Isso porque a taxa é historicamente ainda mais baixa que a Selic. A taxa básica de juros, vale lembrar, está atualmente no menor nível de todos os tempos.
Segundo o Nubank, o rendimento diário facilita o resgate a qualquer momento, o que seria ideal para reserva de emergência. No entanto, a adesão também teria a ver com um componente psicológico.
Existe um fator comportamental: ao utilizar a função Guardar Dinheiro o cliente do Nubank mantém o valor escolhido separado do saldo da conta, evitando, assim a “tentação ” de gastar a sua reserva financeira.
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