A Kalshi, plataforma norte-americana de mercados de previsões fundada pela brasileira Luana Lopes Lara e pelo sócio Tarek Mansour, ambos de 29 anos, tomou uma decisão que pode alterar a dinâmica do setor: adotar a Solana como infraestrutura para operar mercados tokenizados.
O movimento ocorre após a empresa captar US$ 1 bilhão em uma rodada liderada pela Paradigm, com participação de Sequoia Capital, Andreessen Horowitz e Y Combinator, reforçando a estratégia de expansão tecnológica da companhia.
SponsoredComo funciona a tokenização das opções na Solana
Com a integração, cada opção de mercado da Kalshi — como “Sim” ou “Não” — passa a existir como um token negociável na Solana. Esses ativos operam em piscinas de liquidez e order books, permitindo negociação aberta para qualquer investidor. Segundo Pedro Marafiotti, Lead Superteam Brasil da Solana, essa estrutura transforma cada resposta em um token independente, criando um ambiente de liquidez contínua e transparente dentro da rede.

Ele ilustra o mecanismo com a pergunta “O Palmeiras tem mundial?”. Nesse formato, as alternativas “Sim” e “Não” tornam-se tokens distintos, cada um com sua própria piscina de liquidez e dinâmica de preço, disponíveis para compra e venda na Solana conforme o mercado reage a novos fatos.
Escala crescente da Kalshi e impacto do novo modelo
O avanço da Kalshi nos últimos meses reforça a necessidade de uma infraestrutura mais robusta. A plataforma passou de uma avaliação de US$ 2 bilhões em junho para US$ 5 bilhões em outubro, após duas rodadas de investimento — uma de US$ 185 milhões e outra de US$ 300 milhões. A escolha da Solana atende a demanda por velocidade, custos reduzidos e capacidade de processar volume crescente de negociações.
Essa nova arquitetura conecta mercados regulados a uma rede blockchain de alta performance, criando uma classe emergente de ativos que combina previsões, liquidez e tecnologia descentralizada.
O que a adoção da Solana representa para o mercado
Ao optar pela Solana, Luana Lopes Lara posiciona a Kalshi como protagonista na convergência entre mercados de eventos e blockchain. A tokenização tende a aumentar a liquidez, facilitar o acesso e permitir precificação mais dinâmica, além de fortalecer a Solana como base para aplicações que exigem agilidade e escala.
A decisão da brasileira indica uma mudança estrutural no setor e pode influenciar outras plataformas a adotar modelos semelhantes, ampliando o alcance dos mercados de previsão e impulsionando a próxima fase de inovação financeira.