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Brasil vive momento menos especulativo para criptomoedas, diz CEO da BlockBR

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Atualizado por Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • O mercado global de tokenização deve ter um crescimento médio anual de 19,5% entre 2020 e 2025, passando de US$ 1,9 bilhão para US$ 4,8 bilhões no período
  • A Startup BlockBR nasceu com o objetivo de alavancar o mercado de agro no Rio Grande do Sul
  • Esse mercado está em alta e deve movimentar mais de US$ 2,6 bilhões até 2023.
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A startup BlockBR nasceu com o objetivo de alavancar o mercado de agro no Rio Grande do Sul, por meio da tokenização.

Fundada em 2021, a BlockBR nasce em busca de consolidar como uma solução inovadora para tokenizar os investimentos, isto é, transformar os ativos físicos e digitais em frações digitais, chamados  tokens, negociados por meio de blockchain e criptomoedas. É um mercado em alta, que deve movimentar mais de US$ 2,6 bilhões até 2023, segundo o portal WhaTech. 

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A BlockBR espera ter 100 mil usuários cadastrados na plataforma e R$ 45 milhões em ativos tokenizados no final de 2021. A ideia é resgatar a economia do segmento, usando os ativos digitais nas transações.

De acordo com estimativas da consultoria MarketsandMarkets, o tamanho global do mercado de Gestão de Ativos Digitais deve crescer de US$ 4,2 bilhões em 2022 para US$ 8,0 bilhões até 2027, com uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 13,6% durante o período de previsão.

A empresa nasceu em 2021 para trazer uma solução inovadora para tokenizar os investimentos, negociados por meio da tecnologia blockchain e cripto.

Nessa entrevista, o fundador e CEO da BlockBR, Cássio Krupinsk, conta um pouco da sua trajetória, desafios do mercado e perspectivas futuras.

  • Como surgiu a BlockBR e como você entrou nessa área?

Cássio Krupinsk: Eu sempre estudei esse universo, comecei no mercado financeiro no Banco Safra aos 14 anos de idade. Com 21 anos de idade, eu estava ligado em tudo. Esse universo de criptomoedas sempre foi algo meio paralelo, que passou a fazer mais sentido em 2017, quando entendi a razão de 95% das pessoas no Brasil não investirem no mercado financeiro.

No começo de 2020 eu já sabia que iria tokenizer ativos. Tive então a ideia de criar as ações do negócio e ofertar para os investidores, assim eles teriam uma rentabilidade maior sem que precisem pegar ao banco. Eu já sabia o que queria fazer, mas eu não tinha nenhum cliente, o primeiro foi uma indústria que fabricava pastilhas de freio automotivas.

  • Como foi para você abordar as empresas e explicar a tokenização? Como você vê esse mercado?

Cássio Krupinsk: Meu primeiro cliente foi uma coisa engraçada, porque você imagina um senhor de 65 anos, que tem uma indústria de 35 anos. Estava tudo certo na hora de assinar o contrato, ele vira e fala: -Poxa, mas como é que eu vou assinar o contrato hoje? Eu nem sei onde está o CNPJ dessa blockchain!”.

Mas as coisas estão muito rápidas, estão evoluindo em um formato muito rápido. As empresas estão procurando a tokenização, estamos vivendo um momento em que existe uma bolha por conta de tokens não fungíveis (NFTs) por conta de pirâmides financeiras em criptomoeda e que atrapalha um pouquinho o mercado tradicional. Tem alguns mercados que estão indo mais rápido.

  • Como você vê a questão da regulamentação das criptomoedas?

Cássio Krupinsk: Eu vejo de uma forma muito positiva. Pela primeira vez na história, o Brasil tomou as rédeas da situação. No banco central, na CVM, também há as pessoas que estão à frente dos reguladores. Em toda regulação tem pessoas extremamente preparadas e capacitadas. Isso será maravilhoso para o mercado, por criar um controle e evitar a lavagem de dinheiro e a corrupção.

Estamos vivendo um momento menos especulativo e mais positivo. Porque o principal ponto de regular as criptomoedas hoje no Brasil é você entender para onde vai o dinheiro e de onde sai. Aquela pessoa que nunca investiu em Bitcoin ainda tem dúvidas em relação a sua baixa. Mas ela já consegue entender onde é seguro investir.

  • Qual é a sua opinião sobre o mercado NFT? Há uma bolha especulativa?

Cássio Krupinsk: Para mim, ele significa senso de pertencimento. Faz sentido, mas tem que ter muito cuidado. O Neymar comprando macaquinho é muito mais jogo de influência do que de valor, não é? Então, são influenciadores do Big Brother que compram um macaquinho. Tem um ponto, que faz sentido, por exemplo, o que o Ronaldo fez no Cruzeiro.

Se você criasse um token não fungível (NFT), não é para fazer a mesma transação para um time, para um clube, faz sentido porque eu posso criar 20 NFTs. Com uma modalidade de governança, onde eu tenho aquele NFT do clube, representa para mim uma participação no voto de governança dele e isso faz sentido.

  • Qual é a melhor forma de atrair novos consumidores para o mercado cripto?

Cássio Krupinsk: As pessoas estão mais abertas, sim, para entrar dentro desse universo, porque por mais que a gente tenha vivido, esteja vivendo um pouquinho, um pedacinho dessa bolha. Existem sim, cripto ativos que te dão 3000%. O próprio Bitcoin já está mostrando isso, ele já está totalmente regular e fica naquela linha. Se ele subir, ele vai subir.

O mercado digital é bem mais simples do que o tradicional, porque você vai investir em um fundo, você vai ter que entrar com R$ 1.000, R$ 5.000, R$ 10.000. E você não quer desprender de 1.000 ou 5.000, 10.000. Então, é incomparável as mudanças e os benefícios, eficiência que o mercado digital traz frente ao mercado tradicional.

Por isso, eu acredito que o investidor tradicional vai sempre olhar o mercado digital a partir de agora com uma solução para a vida dele.

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Priscila Gorzoni
Jornalista formada pela Universidade Metodista de São Paulo, em ciências sociais pela USP, em direito pela Universidade Mackenzie, lato sensu em Fundamentos da arte e cultura pela Unesp-SP e mestre em história pela PUC SP. Iniciei minha carreira nas revistas passando por publicações como Bons Fluidos, Nova, Cláudia, Saúde. Mundo Estranho, Superinteressante e National Geographic Brasil. Publiquei alguns livros como O Guia do Autônomo, Os animais em guerra da editora Matrix, Os mortos-vivos da...
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