Com previsão de chegar a US$ 18,9 trilhões até 2033, o mercado de tokenização, Real World Assets (RWA) ou ativos do mundo real pode colocar o Brasil no topo do mundo.
Pelo menos é o que mostra um levantamento divulgado pela Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABcripto). Conforme o estudo “Tokenização – Casos e Possibilidades”, a adoção tem ganhado força em indústrias essenciais para o crescimento do país. Entre elas, agronegócio, mercado imobiliário e crédito privado
Apenas no Brasil, o volume diário movimentado pela indústria cripto chega a R$ 23 bilhões. São mais de 9 milhões de pessoas físicas investindo no setor. Assim o Brasil, ocupa uma posição de destaque em relação à grandes economias. Segundo a ABcripto a tendência é de expansão da tokenizaçao no mercado brasileiro nos próximos anos. Assim a expectativa é ter uma indústria financeira mais saudável, eficiente e acessível.
RWA avança no Brasil
Empresas como PeerBR e Liqi estã, por exemplo, revolucionando o mercado financeiro ao converter recebíveis em tokens digitais, tornando mais fácil e seguro negociar esses ativos. No setor imobiliário, a tokenização de imóveis está democratizando o acesso ao mercado, com plataformas como Netspaces e Mynt permitindo que investidores adquiram frações de propriedades de alto valor.
No Brasil, a tokenização de ativos está intimamente ligada à dinâmica do mercado de recebíveis, diz o relatório da ABcripto.
No caso do agronegócio, a Agrotoken está criando opções de financiamento ao transformar commodities como soja e milho em ativos digitais. Bancos brasileiros também estão aproveitando a tokenização para abrir novas alternativas de investimento, ampliando, principalmente, o alcance do mercado de capitais.
Além disso, o desenvolvimento de infraestrutura para Web3 e soluções white label, como as criadas pela Klever e BlockBR, está tornando a tokenização mais acessível e escalável em diferentes segmentos da economia.
BC acelera revolução digital e financeira no país
Esse avanço é impulsionado por um ambiente regulatório que favorece a inovação. Entre os exemplos, tem a introdução do Marco Legal dos Ativos Virtuais e diretrizes do Banco Central e da CVM, que garantem maior segurança jurídica. O sucesso do Pix e o lançamento do Drex também são elementos-chave para a aceleração da digitalização financeira no país.
Para o presidente da ABcripto, Bernardo Srur, “a economia tokenizada tem o potencial de transformar profundamente todo o sistema econômico e financeiro no Brasil e no mundo”.
O futuro parece promissor, com perspectivas de crescimento contínuo nos próximos anos, finaliza.
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