O governo dos Estados Unidos (EUA), por meio do Escritório do Representante de Comércio (USTR), iniciou uma investigação formal contra o Brasil por supostas práticas comerciais desleais. Entre os principais pontos da apuração está o Pix, sistema de pagamentos instantâneos desenvolvido pelo Banco Central, que estaria sendo promovido de maneira que favorece empresas locais em detrimento de concorrentes internacionais.
O relatório divulgado ontem (15) afirma que o Brasil “parece se envolver em uma série de práticas desleais com relação a serviços de pagamento eletrônico, incluindo, entre outras, a promoção de seus serviços desenvolvidos pelo governo”.
Além do Pix, o documento menciona outras áreas de preocupação, como comércio digital, taxas de importação, desmatamento ilegal, etanol e tratamento discriminatório a empresas norte-americanas.
Pix, pirataria e favorecimento a empresas locais
Outro trecho do relatório cita a Rua 25 de Março, em São Paulo, classificada como “um dos maiores mercados de produtos falsificados há décadas”. O USTR critica a ineficiência das operações de fiscalização no Brasil e a falta de punições efetivas, destacando que isso mantém o ambiente favorável à pirataria e à violação de propriedade intelectual.
A investigação foi autorizada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, e anunciada por Jamieson Greer, representante comercial do país, que acusou o Brasil de adotar práticas contrárias às empresas norte-americanas, especialmente redes sociais. A iniciativa se baseia na Seção 301 da Lei de Comércio de 1974 e pode resultar em sanções adicionais contra o Brasil.
A medida surge poucos dias após os EUA anunciarem tarifas de 50 % sobre produtos brasileiros, com início previsto para 1º de agosto. Segundo especialistas, o andamento da investigação poderá servir de base legal para novas restrições ao comércio bilateral, aumentando a tensão econômica entre os dois países.
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