O Brasil ganhou a primeira plataforma que conecta ONGs e doadores por meio de criptomoedas: a Dominó do Bem.
A solução tem o objetivo de utilizar a tecnologia blockchain para transformar o processo de doação, tornando-o mais seguro, eficiente e transparente.
Blockchain garante que 100% das criptomoedas doadas cheguem às ONGs
Uma das principais vantagens é a ausência de intermediários. Isso porque o uso da blockchain garante que 100% dos valores doados cheguem diretamente às ONGs. E tudo sem taxas ou deduções, aumentando a confiança e proporcionando total rastreabilidade. Além disso, as organizações ganham maior autonomia sobre a gestão dos recursos recebidos.
A Dominó do Bem não retira nenhuma parte do valor doado para cobrir gastos próprios, ou de manutenção e administração. Além disso, todo usuário (doador ou ONG) poderá criar a sua conta de forma gratuita, explica a plataforma.
Outro benefício importante é o processo totalmente transparente. Os doadores têm acesso ao histórico de contribuições. Basta acessar a página “Carteira” do perfil, para ver todo o histórico de transferências realizadas a partir da/para a carteira digital da conta. As doações estarão listadas individualmente, com todas as informações necessárias para fazer a busca na blockchain, explica a iniciativa.
Como doar em criptomoedas?
Para fazer uma doação, o processo é simples: basta criar uma conta, conectar a carteira, escolher uma campanha social e determinar o valor. A Dominó do Bem opera atualmente com a rede Polygon e usa a criptomoeda POL. Ela é vinculada ao USDC (uma stablecoin lastreada no dólar americano), garantindo, assim, a estabilidade das transações.
Além disso, os doadores podem utilizar filtros no site para encontrar ONGs que atuam diretamente nas causas que mais os interessam.
Funciona como qualquer outra doação normal. Pense na criptomoeda como um meio de oferecer o seu apoio. Caso você doe 10 moedas, por exemplo, a ONG ou o projeto escolhido receberá o mesmo valor, explica idealizador do Dominó do Bem, Patrick O’Neil.
O’Neil reforça que, por meio das criptomoedas, é possível fazer doações para qualquer lugar do mundo e sem a necessidade de intermediários.
A ideia de criar ferramentas como a Dominó do Bem surgiu ao perceber a diferença no apoio entre brasileiros dedicados a transformar suas comunidades. O interesse de estrangeiros em conhecer e contribuir para essas causas também impulsionou a ideia sair do papel. O Lupa do Bem foi desenvolvido para trazer à tona iniciativas locais que, frequentemente, não recebem a visibilidade necessária, oferecendo uma plataforma de destaque e incentivo.
Quem já usa a Dominó do Bem?
Atualmente, seis ONGs estão cadastradas na Dominó do Bem e habilitadas a receber doações em criptomoedas para apoiar a continuidade e crescimento de seus projetos. Outras quatro organizações estão em processo de inclusão na plataforma. Entre as ONGs já ativas, destaca-se a Mais1Code, que oferece treinamento em tecnologia e programação para jovens de comunidades de baixa renda.
Outra grande vantagem dessa plataforma é a possibilidade de receber criptomoedas de qualquer parte do mundo, como também permite alcançar um público mais diverso, comprometido com o impacto social, além de maneiras inovadoras de contribuir.
Essa ferramenta será crucial para expandir nosso alcance e potencializar as transformações que promovemos nas comunidades periféricas por meio da educação e tecnologia, afirma O’Neil.
Além da Mais1Code, a Play4Change e o Corpo de Bombeiros Voluntários da cidade de Rolante estão entre os projetos que recebem as doações.
Através da parceria com o Dominó do Bem, esperamos potencializar o impacto social, conectando organizações e comunidades a recursos que impulsionam transformações reais e sustentáveis. Juntos, vamos ampliar o alcance e promover soluções inovadoras para gerar mudanças positivas, afirma o co-fundador da Play4Change, Rodrigo dos Santos.
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