Em meio aos desastres climáticos que assolam o Brasil, nesta terça-feira (10), o presidente Lula, anunciou a criação de uma Autoridade Climática e de um Comitê Técnico-Científico. O grupo de trabalho foi criado para apoiar e articular, principalmente as ações do governo federal de combate à mudança do clima.
Mais cedo, o presidente andou por áreas destruídas pela seca e incêndios no estado do Amazonas. O tema será um dos principais debatidos durante a NFT.Brasil, que abordará a agenda verde e digital do país.
O nosso objetivo é estabelecer as condições para ampliar e acelerar as políticas públicas a partir do Plano Nacional de Enfrentamento aos Riscos Climáticos Extremos. Nosso foco precisa ser a adaptação e preparação para o enfrentamento a esses fenômenos. Para isso, vamos estabelecer uma autoridade climática e um comitê técnico científico que dê suporte e articule implementação das ações do governo federal, disse Lula.
Segundo o presidente, a MP será enviada para estabelecer o estatuto jurídico da Emergência Climática, para acelerar a aplicação de medidas de combate a eventos climáticos extremos.
Brasil em chamas
A pauta é urgente enquanto o Brasil arde. Esta semana, por exemplo, a capital paulista foi classificada como a cidade com a pior qualidade do ar do planeta. Segundo dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Brasil enfrenta a pior estiagem em 75 anos. Aliás, apenas os estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina não têm registro de seca.
Conforme o Sistema Integrado de Informações sobre Desastres, coordenado pelo Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional, atualmente existem 1.418 emergências ou calamidade pública. Entre eles, 22 municípios do Amazonas. Na Bacia Amazônica, a estiagem é a pior em 45 anos, agravada principalmente pela mudança do clima. Altas temperaturas, baixa umidade e ventos fortes dificultam o controle de incêndios na região.
Como a tecnologia contribui com a agenda verde brasileira?
O debate, portanto, é mais do que necessário, é urgente. Há muitos players engajados trabalhando pesado na questão. Uma delas é Camila Rioja, presidente do Plexos Institute.
Aplicações em blockchain e inteligência artificial podem ser aliados poderosos neste momento de crise climática.Isso porque a predição de catástrofes e a proteção do patrimônio natural são casos de uso abordados pelas mesmas, reflete Rioja.
Descentralizar a responsabilidade de cuidar da natureza e trazer novos agentes para a medição, reporte e verificação de ações é uma das oportunidades mais debatidas hoje pela comunidade que constrói em blockchain, ressalta a executiva
“Estratégia nacional e de segurança jurídica, entretanto, são core para testes com a aplicação de tais tecnologias em campo. O trabalho em conjunto do governo, reguladores, mercado, pesquisadores e inovadores é a receita para um enfrentamento consistente dos desafios”, disse ao BeInCrypto a presidente do Plexos Institute.
CVM criou grupo de trabalho sobre o tema em 2023
Com agenda verde e finanças sustentáveis no foco, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) lançou, em outubro de 2023, o Plano de Ação de Finanças Sustentáveis.
Tenho reforçado que o futuro é verde e digital. Temas como controle de mudanças climáticas, preservação ambiental e agenda sustentável são transversais ao Mercado de Capitais. As finanças sustentáveis trazem muitas oportunidades. A economia verde trará muitos negócios para o Brasil, disse à época o presidente da CVM, João Pedro Nascimento.
Agro impactado
O setor, que representa quase 30% do Produto Interno Bruto (PIB), já sofre com as estiagens extremas, tempestades e calor intenso muito acima da média
Tem uma química perversa que se complementa nesse momento, que é a alta temperatura, baixa umidade, ventos fortes e pessoas ateando fogo em várias regiões, disse a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima no Brasil, Marina Silva.
Marina também defendeu penas mais severas para aqueles que provocam incêndio criminoso.
Palco Onchain na NFT Brasil abordará agenda verde e digital
A palestra Brasil em Chamas: O Papel da Tokenizacao e da Agenda Verde da CVM na Crise Climática contará com a Superintendente de Proteção e Orientação aos Investidores da CVM, Natahlie Vidual, Dayana Udhere, procuradoria Paraná e fundadora da Alllia Eco a presidente do Plexos Instituto, Camila Rioja.
O evento está marcado para acontecer no dia 13 de setembro, as 10h30 na Bienal de São Paulo.
A CVM, fez um mapeamento de iniciativas a serem realizadas pela Autarquia para definir o Plano de Ação, com objetivo de fomentar as finanças sustentáveis. Dentre os pontos contemplados, estão a supervisão e o combate ao greenwashing, regulação, educação para o investidor e transparência ativa às iniciativas sustentáveis promovidas pelo regulador do Mercado de Capitais, disse Nathalie.
A procuradora do Paraná e fundadora da Alllia Eco, Dayana Uhdre detalha que o ambiente regulatório brasileiro para finanças sustentáveis está evoluindo, mas ainda enfrenta desafios significativos em termos amplitude, robustez e harmonização a alguns dos principais padrões internacionais.
O fortalecimento da regulamentação, incluindo uma taxonomia clara e um mercado de carbono regulado, será essencial para aumentar o fluxo de investimentos sustentáveis necessários a efetivação (inaudível e urgente) da transição climática e consolidar o Brasil como um ator relevante no cenário global, finaliza Uhdre.
A conversa está marcada para sexta-feira e ser;a fundamental para entender como a agenda verde e digital pode mudar a realidade da atual crise climática. Participe!
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