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Bradesco e Itaú entram no jogo da blockchain para pagamentos internacionais

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Escrito por
Aline Fernandes

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Editado por
Lucas Espindola

29 setembro 2025 17:04 BRT
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  • Em parceria com mais de 30 bancos, estão sendo criadas regras para definir um novo padrão nos pagamentos internacionais de consumidores e pequenas empresas.
  • O Brasil se posiciona para reforçar a adoção da blockchain em operações financeiras globais.
  • O Bradesco e Itaú estão entre os participantes do novo padrão onchain.
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O Swift apresentou uma nova infraestrutura para pagamentos de varejo entre fronteiras, com foco em velocidade, previsibilidade e transparência. Entre os “early adopters”, aparecem os bancos brasileiros Bradesco e Itaú, além do mexicano Banorte. Com essa adesão, o Brasil se posiciona para reforçar a adoção da blockchain em operações financeiras globais.

A Swift tem trabalhado com sua comunidade nos últimos anos para elevar significativamente o padrão da experiência de pagamentos internacionais. E agora, com o setor, estamos levando esses mesmos benefícios aos clientes de varejo em todo o mundo, disse Thierry Chilosi, Diretor de Negócios da Swift.

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Swift amplia alcance e acelera pagamentos no varejo

Tradicionalmente associada a operações de atacado, a rede Swift vem ampliando seu papel no varejo com melhorias recentes. Hoje, 75% das transferências realizadas pela plataforma já chegam ao banco de destino em menos de 10 minutos, superando as metas de velocidade do G20.

Iniciativas como o Swift Go mostraram o potencial da tecnologia em transações de menor valor. Agora, a nova atualização promete levar esses benefícios a mais de 4 bilhões de contas em 220 países e territórios, garantindo escala global e, principalmente, maior consistência nos pagamentos internacionais de varejo.

Por que migrar para blockchain?

Entre as vantagens, citadas pelo Swift, em migrar para blockchain, estão:

  • Liquidação quase instantânea: operações que hoje demoram dias podem ser processadas em minutos.
  • Transparência total: usuários acompanham todas as etapas da transação — inclusive taxas e conversões.
  • Menos intermediários, menor custo: redução de camadas desnecessárias no caminho.
  • Segurança e resiliência: registros distribuídos dificultam fraudes e falhas.
  • Interoperabilidade global: integração entre diferentes redes financeiras.

Ecossistema brasileiro em movimento

O Brasil já concentra o maior número de fintechs da América Latina, com centenas de startups atuando em criptoativos — cerca de 58,7% das fintechs de cripto da região. Além disso, o país também está entre os líderes em adoção de criptomoedas, com 26 milhões de brasileiros já envolvidos com ativos digitais.

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Alguns exemplos de destaque:

  • Swipe: startup que desenvolve soluções blockchain para pagamentos instantâneos e chamou atenção da Visa.
  • Hashdex: gestora que oferece fundos regulados com exposição a cripto.
  • Ekonavi: aplica blockchain para financiar projetos de agrofloresta e sustentabilidade.

Drex: a aposta do Banco Central

O Banco Central do Brasil desenvolve o Drex, sua moeda digital, um projeto que já registrou 700 transações em testes com mais de 300 carteiras criadas em ambiente de testes. Apesar de ajustes recentes, o BC afirma que seguirá utilizando blockchain como base.

Essa infraestrutura permitirá tokenização de depósitos e maior interoperabilidade em pagamentos internacionais.

Projeções e impacto no Brasil

  • Pagamentos cross-border via blockchain devem alcançar US$ 4,4 trilhões globalmente nos próximos anos.
  • O mercado de Fintech + Blockchain deve saltar de US$ 6,85 bilhões em 2024 para US$ 46,87 bilhões em 2029, com CAGR de 46,9% ao ano.
  • No Brasil, a combinação de bancos tradicionais, fintechs e o Drex pode movimentar centenas de bilhões de reais em redes tokenizadas até o fim da década.

Com bancos como Bradesco e Itaú na vanguarda, e um ecossistema de fintechs inovadoras em rápido crescimento, o Brasil tem potencial para se tornar um dos principais polos globais de pagamentos baseados em blockchain.

Para o diretor do Bradesco Marcos Cavagnoli, a “iniciativa visa proporcionar transações globais mais rápidas, eficientes e seguras.”

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