O Swift apresentou uma nova infraestrutura para pagamentos de varejo entre fronteiras, com foco em velocidade, previsibilidade e transparência. Entre os “early adopters”, aparecem os bancos brasileiros Bradesco e Itaú, além do mexicano Banorte. Com essa adesão, o Brasil se posiciona para reforçar a adoção da blockchain em operações financeiras globais.
SponsoredA Swift tem trabalhado com sua comunidade nos últimos anos para elevar significativamente o padrão da experiência de pagamentos internacionais. E agora, com o setor, estamos levando esses mesmos benefícios aos clientes de varejo em todo o mundo, disse Thierry Chilosi, Diretor de Negócios da Swift.
Swift amplia alcance e acelera pagamentos no varejo
Tradicionalmente associada a operações de atacado, a rede Swift vem ampliando seu papel no varejo com melhorias recentes. Hoje, 75% das transferências realizadas pela plataforma já chegam ao banco de destino em menos de 10 minutos, superando as metas de velocidade do G20.
Iniciativas como o Swift Go mostraram o potencial da tecnologia em transações de menor valor. Agora, a nova atualização promete levar esses benefícios a mais de 4 bilhões de contas em 220 países e territórios, garantindo escala global e, principalmente, maior consistência nos pagamentos internacionais de varejo.
Por que migrar para blockchain?
Entre as vantagens, citadas pelo Swift, em migrar para blockchain, estão:
- Liquidação quase instantânea: operações que hoje demoram dias podem ser processadas em minutos.
- Transparência total: usuários acompanham todas as etapas da transação — inclusive taxas e conversões.
- Menos intermediários, menor custo: redução de camadas desnecessárias no caminho.
- Segurança e resiliência: registros distribuídos dificultam fraudes e falhas.
- Interoperabilidade global: integração entre diferentes redes financeiras.
Ecossistema brasileiro em movimento
O Brasil já concentra o maior número de fintechs da América Latina, com centenas de startups atuando em criptoativos — cerca de 58,7% das fintechs de cripto da região. Além disso, o país também está entre os líderes em adoção de criptomoedas, com 26 milhões de brasileiros já envolvidos com ativos digitais.
SponsoredAlguns exemplos de destaque:
- Swipe: startup que desenvolve soluções blockchain para pagamentos instantâneos e chamou atenção da Visa.
- Hashdex: gestora que oferece fundos regulados com exposição a cripto.
- Ekonavi: aplica blockchain para financiar projetos de agrofloresta e sustentabilidade.
Drex: a aposta do Banco Central
O Banco Central do Brasil desenvolve o Drex, sua moeda digital, um projeto que já registrou 700 transações em testes com mais de 300 carteiras criadas em ambiente de testes. Apesar de ajustes recentes, o BC afirma que seguirá utilizando blockchain como base.
Essa infraestrutura permitirá tokenização de depósitos e maior interoperabilidade em pagamentos internacionais.
Projeções e impacto no Brasil
- Pagamentos cross-border via blockchain devem alcançar US$ 4,4 trilhões globalmente nos próximos anos.
- O mercado de Fintech + Blockchain deve saltar de US$ 6,85 bilhões em 2024 para US$ 46,87 bilhões em 2029, com CAGR de 46,9% ao ano.
- No Brasil, a combinação de bancos tradicionais, fintechs e o Drex pode movimentar centenas de bilhões de reais em redes tokenizadas até o fim da década.
Com bancos como Bradesco e Itaú na vanguarda, e um ecossistema de fintechs inovadoras em rápido crescimento, o Brasil tem potencial para se tornar um dos principais polos globais de pagamentos baseados em blockchain.
Para o diretor do Bradesco Marcos Cavagnoli, a “iniciativa visa proporcionar transações globais mais rápidas, eficientes e seguras.”