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BlockFi tem exposição bilionária à FTX, diz relatório

3 mins
Atualizado por Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • A BlockFi tinha exposição de US$ 1 bilhão na FTX e Alameda, segundo um relatório.
  • Ele é diferente da última versão editada, mas a empresa afirma que sempre foi transparente.
  • A senadora Elizabeth Warren convocou o Congresso para dar às agências de supervisão de cripto maior poder de execução para testar a resiliência das empresas.
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Uma reportagem da CNBC afirma que a BlockFi tem mais de US$ 800 milhões em empréstimos para a Alameda Research e US$ 416 milhões em ativos conectados à falida FTX.

De acordo com a rede, esses números são válidos a partir do dia 14 de janeiro de 2023 e não são mostrados em finanças editadas dessa data. O M3 Partners, consultor do comitê de credores da BlockFi, compilou o relatório.

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BlockFi defende transparência em relatório

A BlockFi disse que o empréstimo da Alameda valia US$ 671 milhões, com US$ 350 milhões adicionais em criptoativos na FTX, que foram congelados depois que a empresa pediu concordata.

A alta dos preços das criptomoedas é o provável responsável pelo aumento no valor dos valores.

De acordo com a CNBC, a BlockFi tinha cerca de US$ 300 milhões em dinheiro e US$ 367 milhões em carteiras cripto em meados de janeiro de 2023. As finanças posteriores revelam que o credor tinha $ 1,3 bilhão em ativos, cerca de metade dos quais líquidos.

A BlockFi disse ao The Block que sempre foi transparente e negou que o relatório vazado revelasse informações financeiras “secretas”. O credor entrou com pedido de falência no final de novembro de 2022.

Em seu pico, a FTX e  seu ex-CEO Sam Bankman-Fried tentaram resgatar várias empresas de criptomoedas afetadas pelo colapso do ecossistema de stablecoin TerraUSD, estendendo uma linha de crédito de US$ 400 milhões para a BlockFi.

A BlockFi processou há pouco tempo Sam Bankman-Fried por seus 56 milhões de ações da Robinhood dadas como garantia para um empréstimo da BlockFi para a Alameda antes que a exchange declarasse falência no 11 de novembro de 2022.

Portanto, Bankman-Fried teria emprestado dinheiro da Alameda para comprar as ações por meio da Emergent Fidelity, onde detinha uma participação de 90%.

Os promotores federais dos EUA apreenderam as ações à medida que se aproximavam da data do julgamento de Bankman-Fried em outubro de 2023. De fato, ele enfrenta oito acusações criminais relacionadas a fraude e lavagem de dinheiro.

Ele está em prisão domiciliar na casa de seus pais em Palo Alto, Califórnia.

Elizabeth Warren revela mais do mesmo

Após o colapso do FTX, vários legisladores dos EUA expuseram ou reforçaram sua posição sobre as criptomoedas.

O deputado Tom Emmer (Republicanos, Minnesota), um firme proponente das criptomoedas, defendeu o potencial da web3 na economia de criadores junto com o deputado Ro Khanna (Democratas, Califórnia).

Os senadores Elizabeth Warren (Democratas) e Bernie Sanders (Democratas) co-elaboraram um projeto de lei para que haja complicações para a entrada de bancos no espaço cripto.

Warren escreveu um artigo para o Wall Street Journal logo após o colapso do FTX. Nele, ela pede repressão mais rígida às fraudes cripto pela Comissão de Valores Mobiliários dos EUA, pelo Departamento de Justiça e pelo Departamento do Tesouro.

Ela repetiu esses sentimentos no American Economic Liberties Project e no evento Americans for Financial Reform na quarta-feira (25).

Ela também rejeitou as alegações de emancipação econômica promovidas pelo ex-CEO da Celsius, Alex Mashinsky.

“Apesar de toda a conversa sobre inovação e inclusão financeira, os gigantes da indústria cripto – de FTX a Celsius a Voyager – estão entrando em colapso sob o peso de sua própria fraude, engano e má administração grosseira”, disse ela no evento.

Ao elogiar os numerosos atos de fiscalização da SEC em 2022, ela disse que o Congresso deve dar às agências maior poder de fiscalização. Portanto, ela conclui que a capacidade da indústria de criptomoedas de cumprir suas promessas de inovação em meio à fiscalização estrita melhorará sua credibilidade.

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Júlia V. Kurtz
Editora do BeInCrypto Brasil, a jornalista é especializada em dados e participa ativamente da comunidade de Criptoativos, Web3 e NFTs. Formada pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui mais de 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia, tendo passado por veículos como Globo, Gazeta do Povo e UOL.
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