No terceiro dia do Blockchain Rio, o fundador da Cardano, Charles Hoskinson, falou em coletiva à imprensa. Assim, ele abordou o futuro potencial da mídia baseada em blockchain, os desenvolvimentos da Cardano e a rapidez que a tecnologia cripto tem avançado.
Hoskinson falou em entrevista fechada e, inclusive, respondeu perguntas de Alena Afanaseva, CEO e fundadora do BeInCrypto. A repórter do BeInCrypto Brasil, Aline Fernandes, cobriu o evento in loco.
Como a mídia baseada em blockchain pode ajudar a combater fake news?
Muito ativo nas redes sociais, Charles Hoskinson eventualmente é criticado por suas opiniões. Abertamente apoiador de Donald Trump, Hoskinson não foge da raia e bate frente com seus críticos, algumas vezes se envolvendo em polêmicas.
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Desta forma, sua opinião sobre as redes sociais e os modelos de mídia hegemônicos é contundente. Questionado sobre as mídias atuais, Hoskinson vê valor no formato colaborativo, porém, observa falhas nos modelos corporativos.
“As redes sociais mudaram a forma de transmitir a informação. As pessoas adoram compartilhar o que elas gostam e confiam. Então é uma forma produtiva e colaborativa de transmissão. No entanto, ao invés de utilizar esses sistemas de ponta para ampliar a pluralidade de opiniões, essas empresas se tornaram grandes corporações. E acumularam muito poder nas mãos de um pequeno grupo de fundadores e acionistas.
Estamos falando sobre corporações muito poderosas guiando o mundo com um ponto de vista em comum. Este é um ambiente fértil para as fake news. E se você criticar, bom, aí você está ferrado!”
Como exemplo, o fundador da Cardano citou Elon Musk como um perseguido pela imprensa dos EUA atualmente.
“O maior exemplo de perseguição nos EUA hoje é Elon (Musk). Muita gente da imprensa deixa claro que acham ele um cara mau. Então criticam qualquer produto dele, simplesmente porque não gostam dele.”
Futuro Descentralizado
Na visão de Hoskinson, sistemas descentralizados seriam a melhor maneira, portanto, para solucionar a concentração de poder da mídia atualmente. Principalmente soluções baseadas em blockchains de código aberto.
“Se fossem geridas de forma descentralizada, por uma cooperativa de funcionários, por exemplo, esse tipo de problema não existiria. Se as operações da Tesla, do Twitter e da SpaceX fossem um protocolo descentralizado, a existência de Elon seria completamente irrelevante. É um conceito muito poderoso no final das contas.”
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Além disso, Hoskinson acrescenta que este tema deveria estar sendo debatido atualmente pelo Estado norte-americano. E que essas corporações deveriam ser propriedades coletivas ou protocolos de código aberto.
“Talvez essas redes sociais que controlam os fluxos de informação de bilhões de pessoas ou essas empresas de energia que estão definindo todo o nosso futuro pós-carbono, talvez devessem ser propriedade coletiva ou protocolos de código aberto, em oposição a um único indivíduo de quem gostamos ou não gostamos.”
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