Com mais de 3 bilhões de jogadores e projeções que ultrapassam US$ 350 bilhões até 2030, o setor de games está se tornando o campo de prova ideal para a adoção em massa de cripto e stablecoins. E o Brasil tem papel estratégico nesse movimento. É o que aponta o BGA Stablecoins & Gaming Report.
SponsoredIndústria bilionária e em expansão
O mercado global de games já soma mais de 3 bilhões de jogadores e deve movimentar mais de US$ 350 bilhões até 2030, segundo o relatório BGA Stablecoins & Gaming Report. Esse volume coloca o setor entre as indústrias de entretenimento mais lucrativas do planeta — superando cinema e música juntos.
Mais do que diversão, os jogos digitais se consolidam como um ecossistema econômico próprio, onde os usuários já estão familiarizados com moedas virtuais, trocas de itens e valoração de ativos digitais. Essa base cultural prepara o terreno para uma nova fase: a integração entre jogos e finanças descentralizadas.
O papel da blockchain nessa revolução
A blockchain está transformando o modo como os jogadores interagem com seus ativos digitais. Tokens não fungíveis (NFTs) e stablecoins permitem que itens virtuais, conquistas e moedas in-game ganhem valor real fora das plataformas tradicionais.
Jogos baseados em blockchain, como Axie Infinity e Gods Unchained, mostraram que é possível jogar, investir e lucrar dentro de ecossistemas descentralizados. A diferença é que agora a infraestrutura está amadurecendo. Com blockchains mais rápidas, baratas e energeticamente eficientes, abrindo espaço para a entrada de grandes estúdios e investidores.
Heloisa Passos, CEO da Trexx, um dos nomes mais relevantes da indústria de games e cripto no mundo, disse ao BeInCrypto que esse é um movimento essencial para a evolução da indústria.
SponsoredPara mim é um movimento necessário, ainda mais nesse ciclo de estruturação que estamos vivendo. As stablecoins podem trazer tanto redução de custos das operações de games, escala global real e a estabilidade que precisávamos para o mercado de jogos em blockchain ser realmente impulsionado e deixar de ser promessa para ser realidade, acredita Passos.
Brasil como potência gamer e cripto
O Brasil é hoje um dos dez maiores mercados de games do mundo. São mais de 100 milhões de jogadores, segundo a Newzoo. Além disso, o país está entre os líderes globais na adoção de criptomoedas e stablecoins. Especialmente o USDT e o USDC, que já são amplamente utilizados para transferências, pagamentos e investimentos.
Essa combinação torna o Brasil um terreno fértil para a convergência entre o entretenimento digital e as finanças descentralizadas. Plataformas locais já começam a explorar esse potencial, permitindo que jogadores recebam recompensas, façam compras in-game e negociem ativos usando stablecoins.
Stablecoins: a ponte entre o virtual e o real
As stablecoins estão emergindo como a solução ideal para transações em jogos. Elas eliminam a volatilidade típica das criptomoedas, oferecem liquidez instantânea e simplificam o câmbio entre moedas locais e tokens de jogo.
Conforme o relatório, a integração de stablecoins em plataformas de games cria novas oportunidades econômicas. Como, por exemplo, recompensas diretas aos jogadores, economia circular dentro dos ecossistemas virtuais e modelos sustentáveis de monetização para desenvolvedores.
Próximo nível da economia digital
Com uma base global massiva, infraestrutura blockchain em evolução e o Brasil despontando como protagonista regional, o setor de games está prestes a liderar a próxima grande transição econômica.
A convergência entre blockchain, stablecoins e entretenimento digital promete não apenas transformar como jogamos. Mas também como trabalhamos, investimos e interagimos dentro do universo virtual — inaugurando a era em que cada jogador é, ao mesmo tempo, consumidor, criador e investidor.