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Bittrex se junta à Coinbase e diz que SEC não pode definir títulos mobiliários

2 mins
Atualizado por Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • A Bittrex, assim como a Coinbase, alegou que a SEC não tem poderes para determinar se os tokens são valores mobiliários.
  • Ela afirma que a SEC elaborou sua lista sem a autorização do Congresso dos EUA.
  • A implementação da antiga legislação de tokens é um sinal de alerta de que a SEC está agindo sem a autoridade do Congresso, disse a Bittrex.
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A Bittrex contestou a decisão da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) de categorizar alguns tokens como “títulos”. Ela acusou o órgão regulador de “não tornar as regras” claras para empresas de criptomoedas.

Isso forçou as empresas a “adivinhar” quais ativos virtuais poderiam ser classificados como “títulos”.

Leia mais: Sofri um golpe, e agora? Como agir em casos de fraude

A Bittrex argumentou que a determinação da SEC de qualificar certos tokens como “títulos” precisa de autorização do Congresso dos EUA. Em suma, a agência não poderia criar essa definição, uma vez que citou o Securities Act de 1933 para classificar os tokens como “valores” ou “títulos”.

SEC criou lista sem consultar o Congresso?

A Bittrex explicou que uma nova interpretação do Securities Act de 1933 requer a aprovação do Congresso dos Estados Unidos.

Conforme a exchange:

“… o Tribunal deve rejeitar a reclamação quanto à Bittrex e Shihara em sua totalidade, com prejuízo”.

Em abril, a SEC considerou seis altcoins como valores mobiliários em uma disputa contra a Bittrex: OMG Network (OMG), Dash (DASH), Algorand (ALGO), Monolith (TKN), NAGA (NGC) e IHT Real Estate Protocol (IHT).

Além disso, o órgão também processou a Bittrex Global, a Bittrex Inc e o CEO William Hiroaki Shihara. Ele é acusado de permitir a operação de uma “bolsa de valores, corretora e agência de compensação nacional não registrada.

Para a exchange, a implementação da antiga legislação de tokens cripto é uma bandeira vermelha de que a SEC está agindo sem a autoridade do Congresso dos EUA. Além disso, a Bittrex sustenta que a legislação existente “não é um livro aberto” para adicionar páginas ou alterar linhas por capricho e lembrou que os tokens não são “títulos”, mas ativos diferentes de tudo que a SEC já considerou.

“O esforço da SEC para encaixar os tokens em sua autoridade estatutária para regular os valores mobiliários é semelhante à tentativa da EPA de regulamentar os gases de efeito estufa como poluentes do ar ou a tentativa do FDA de regulamentar o tabaco como uma droga ou dispositivo”.

Estratégia segue defesa da Coinbase

A estratégia da Bittrex é semelhante à usada pela Coinbase, que pediu a um tribunal que rejeitasse um processo da SEC pelo mesmo motivo. A Coinbase argumentou que os tokens listados não são “títulos”, criticando o que chama de “questão fundamental”. Se o processo for descartado, as possíveis ramificações para o setor são difíceis de avaliar.

Semanas antes, a SEC processou a Coinbase e a Binance por operarem sem regulamentação, alegando que o fizeram sob o “Teste Howey”, quando o regulador determina se um investimento se qualifica como “título” ou “título”. O regulador especificou 19 tokens como títulos nos processos contra Binance e Coinbase.

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Júlia V. Kurtz
Editora do BeInCrypto Brasil, a jornalista é especializada em dados e participa ativamente da comunidade de Criptoativos, Web3 e NFTs. Formada pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui mais de 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia, tendo passado por veículos como Globo, Gazeta do Povo e UOL.
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