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Previsão Bitcoin (BTC): o que a análise técnica e on-chain têm a dizer?

4 mins
Atualizado por Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • O índice MVRV do Bitcoin sugere que a queda acentuada experimentada recentemente oferece um desconto e dá à moeda a chance de crescer.
  • Um analista destaca que o BTC ainda não atingiu seu pico histórico.
  • A recuperação do fluxo de entrada institucional, bem como a pressão de compra no mercado à vista, indica um possível novo salto acima de US$ 60.000.
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O Bitcoin passou por uma forte correção no início dessa semana, caindo de US$ 58.000 para US$ 49.000 na última segunda-feira (5).

Embora o evento tenha causado uma infinidade de liquidações em grande escala, os participantes podem se perguntar se essa foi a pior correção em um único dia. Além disso, há dúvidas sobre a tendência futura da criptomoeda. Confira os insights que a análise técnica e os dados on-chain têm a oferecer.

Bitcoin ainda não está supervalorizado, é possível que haja ganhos futuros

Algumas métricas têm sido repetidamente reconhecidas como cruciais para o Bitcoin. Uma delas é a relação entre o valor de mercado e o valor realizado (MVRV). O índice MVRV oferece informações sobre a lucratividade dos detentores atuais.

Um pico no índice sugere que os detentores de BTC têm um bom nível de ganhos não realizados, sugerindo uma maior probabilidade de venda. No entanto, quando o índice diminui, os lucros são reduzidos e os detentores têm uma chance menor de vender.

Historicamente, essa métrica também indica quando a criptomoeda está subvalorizada, supervalorizada e próximo ao pico do ciclo. Atualmente, os dados do IntoTheBlock mostram que a relação MVRV é de 1,76.

MVRV do Bitcoin. Fonte: IntoTheBlock

Em ciclos anteriores, o índice atingiu uma leitura mais alta do que o mercado de alta pode ser considerado “acabado”. No entanto, apesar do impressionante desempenho do preço do BTC em algum momento, a métrica mostra que o preço não atingiu seu pico.

Colocando isso em contexto, Juan Pellicer, pesquisador sênior do IntoTheBlock, explicou que o BTC, como outras criptomoedas, ainda não atingiu um ponto de supervalorização.

“A maioria dos ativos ainda não se aproximou de suas faixas históricas de supervalorização. Por exemplo, o MVRV mais alto do Bitcoin neste ano atingiu um pico de cerca de 2,64, enquanto no ciclo anterior chegou a 3,68. Para muitas altcoins, a diferença é ainda maior.” disse Pellicer à BeInCrypto

Com base nesse comentário e na análise histórica acima, o recente declínio do BTC pode ser classificado como uma correção de mercado. Atualmente, a moeda está negociada a US$ 57.255. Esse preço indica que ela ainda está 22,37% abaixo da sua máxima histórica (ATH) registrada em março.

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Investidores de varejo hesitantes, mas há uma saída

Vale a pena observar que os investidores institucionais, por meio dos ETFs à vista, foram os principais impulsionadores da alta que impulsionou uma nova ATH do Bitcoin. Também é importante mencionar que a criptomoeda sofreu um declínio notável quando o fluxo de capital desses fundos passou a ser negativo.

No entanto, dados recentes mostram que esse pode não ser mais o caso. Isso se deve ao fluxo líquido diário total de US$ 45 milhões registrado em 7 de agosto.

Quando comparado aos fluxos líquidos positivos anteriores, esse é um valor baixo. Apesar disso, ele pode servir como o início da estabilidade de preço do Bitcoin, desde que seja sustentado.

Fluxo de ETFs de Bitcoin. Fonte: SoSo Value
Fluxo de ETFs de Bitcoin. Fonte: SoSo Value

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Se esse for o caso, o pior pode ter acabado para o BTC, e o preço pode não cair abaixo de US$ 50.000 novamente por algum tempo. Além disso, o potencial da criptomoeda não está apenas no capital que essas instituições possuem. Lembre-se de que, em ciclos de alta anteriores, a moeda não teve esse tipo de adoção institucional.

Além disso, os dados on-chain mostram um aumento nos endereços ativos, com a métrica atingindo 717.000. Se o número de endereços continuar a subir, o preço do BTC poderá se mover lentamente para cima, apagando a parte das perdas que teve nos últimos tempos.

Endereços ativos da rede Bitcoin. Fonte: Santiment
Endereços ativos da rede Bitcoin. Fonte: Santiment

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Previsão de preço

A análise técnica do gráfico de 4 horas também mostra que o pior já passou para o Bitcoin. Ao fazer uma retração de Fibonacci do último movimento de queda, é possível ver que o ativo já superou o nível de 0,382.

Portanto, o preço tende a seguir em alta em direção ao nível de retração de 0,5, em US$ 59.482. No entanto, como um movimento corretivo pode buscar o nível de 0,618, nada impede o BTC de subir 7% e atingir a marca de US$ 62.000.

Dois indicadores técnicos apoiam este cenário. Em primeiro lugar, a média móvel exponencial (EMA) de 9 períodos (azul) está muito próxima de cruzar acima da EMA de 21 períodos (laranja). Esse cruzamento seria um grande sinal de alta, mostrando que a criptomoeda está negociada a preços cada vez mais altos no curto prazo.

Além disso, o Índice de Força Relativa (RSI) está acima de 50, o que indica que os compradores estão controlando a tendência. O fato do indicador não estar acima de 70 ainda mostra que o ativo não está sobrecomprado, tendo espaço para subir ainda mais.

Gráfico do Bitcoin no TradingView
Gráfico do Bitcoin no TradingView

Por outro lado, cair abaixo do nível de 0,382 em US$ 56.962 indicaria que um novo teste do suporte de US$ 48.803 seria feito. Neste caso, o preço do Bitcoin cairia cerca de 15%.

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Anderson Mendes
Membro ativo da comunidade de criptoativos e economia em geral, Anderson é formado pela Universidade Positivo, e escreve sobre as principais notícias do mercado. Antes de entrar para a equipe brasileira do BeInCrypto, Anderson liderou projetos relacionados à trading, produção de notícias e conteúdos educacionais relacionados ao mundo cripto no sul do Brasil.
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