O Bitcoin (BTC) sofreu forte queda após o Federal Reserve (Fed) aumentar a taxa de juros dos EUA pela nova vez consecutiva.
Conforme esperado por grande parte dos analistas, o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) do Fed decidiu elevar a taxa básica de juros dos Estados Unidos em 0,25 ponto percentual.
Dessa forma, os juros da maior economia do mundo flutuam agora entre 4,75% – 5%, porcentagem bem acima dos 0,25% – 0,5% vistos em março de 2022.
Juros sobem, Bitcoin cai
O novo aumento do Fed, comunicado as 15h do horário de Brasília, não demorou para impactar o preço das criptomoedas, que estavam em forte valorização nos últimos dias.
O Bitcoin, que atingiu uma nova máxima anual de US$ 28.900 nesta quarta-feira (22), acumula queda de 7% na Binance. No fechamento da matéria, o ativo era negociado a US$ 26.850, de acordo com o TradingView.
Apesar disso, análises mostram que seu preço deve seguir em alta caso se mantenha acima do nível de US$ 24.700.
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Federal Reserve em um grande dilema
Apesar de não ser surpreendente, o nono aumento consecutivo da taxa de juros chama a atenção pelo cenário atual da economia norte-americana. Após as falências do Silicon Valey Bank e do Signature Bank, muitos defendiam a tese de que o Fed deveria não somente não realizar um novo aumento, mas também fazer uma redução para evitar um maior contágio no setor bancário.
Entre os defensores desta tese está Elon Musk, que disse recentemente que a taxa básica dos EUA deveria voltar para o nível de 4%. Na comunidade cripto, muitos veem com bons olhos uma possível redução, acreditando que ela será determinante para o início de um novo ciclo de alta de longo prazo no mercado.
Vale lembrar que, em tese, juros mais altos tornam os ativos de renda variável, como é o caso do Bitcoin, menos atrativos. Neste cenário, investidores preferem receber os maiores investimentos de ativos de renda fixa do que correr riscos.
Apesar do aumento dos juros não ser visto com bons olhos por muitos, o Fed tem adotado esta política como forma de frear a crescente inflação dos EUA, que no ano passado atingiu seu maior nível em 40 anos. Em relação a crise bancária, um analista do JPMorgan Chase disse recentemente que a instituição estaria disposta a injetar até US$ 2 trilhões para ajudar o setor.
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