O Bitcoin (BTC) atingiu um novo recorde histórico em relação à Lira Turca (TRY) e ao Peso Argentino (ARS), gerando especulações sobre se o mercado dos EUA será o próximo a ver um aumento recorde.
Dada a recente alta do BTC, observadores do mercado estão cada vez mais otimistas de que a moeda em breve recuperará seu recorde histórico em US$ também.
Inflação ajuda alta do BTC
De acordo com os últimos dados do Google Finance, o par BTC/TRY atingiu um recorde de 4,09 milhões de TRY (aproximadamente US$ 105 mil) nas primeiras horas de negociação asiáticas. Da mesma forma, na Argentina, o par BTC/ARS alcançou um recorde histórico de 119,1 milhões de ARS (aproximadamente US$ 105.600).

No entanto, os “recordes históricos” variáveis do BTC revelam mais sobre essas moedas fiduciárias do que sobre o Bitcoin. Este aumento ocorre em meio à desvalorização contínua tanto do TRY quanto do ARS. Pressões inflacionárias impactaram significativamente as moedas.
“A Turquia parece sempre liderar. Quando a moeda fiduciária está morrendo mais rápido, é isso que acontece”, um analista escreveu no X.
Dados do Trading Economics indicam que a taxa de inflação da Turquia continua sendo uma preocupação significativa. Em abril de 2025, a taxa de inflação anual era de 37,8%. Para a Argentina, a situação não é diferente.
“A taxa de inflação do país permanece alta, com projeções indicando um potencial de 110% até o final do trimestre”, outro analista acrescentou.
Quando a inflação é alta, o poder de compra da moeda local diminui. Isso, por sua vez, leva as pessoas a buscar ativos que possam preservar valor, como o Bitcoin. Essa mudança pode aumentar a demanda por Bitcoin, elevando seu preço nesses mercados específicos.
Essa tendência também foi observada no par BTC/USD. As crescentes preocupações com a inflação e a queda do Índice do Dólar Americano (DXY) tiraram a moeda de suas baixas do Dia da Libertação para acima da marca de US$ 100 mil.
Além disso, após o acordo tarifário entre EUA e China, o Bitcoin também recuperou a marca de US$ 105 mil pela primeira vez desde 31 de janeiro.

No momento da reportagem, o preço do BTC ajustou-se para US$ 104.277, apenas 4% abaixo de seu recorde histórico de US$ 108.786.
Bitcoin vai recuperar sua máxima histórica?
Analistas preveem que a atual alta pode continuar, eventualmente levando o BTC a ou acima de seu pico. Em uma recente postagem no X, o analista de cripto Edward Gofsky destacou a correlação entre a oferta monetária global M2 e os movimentos de preço do Bitcoin.
Ele sugeriu que o recente aumento no M2 poderia sinalizar uma alta no preço do Bitcoin, potencialmente levando-o a novos recordes históricos.
“O alvo técnico final medido do movimento atual a partir do reteste de US$ 69 mil está entre US$ 140 mil e US$ 150 mil,” Gofsky previu.
Outro analista, Lark Davis, destacou que o interesse do varejo permanece baixo, apesar das recentes altas do BTC. Isso é evidenciado pelos dados do Google Trends. O interesse de busca por “Bitcoin” vem diminuindo desde novembro de 2024.
“É assim que você sabe que a alta está apenas começando,” ele afirmou.
O interesse institucional é outro catalisador que pode impulsionar a alta do BTC. O BeInCrypto relatou que a Metaplanet gastou US$ 126,7 milhões para aumentar suas participações em 1.241 BTC. O CEO da Strategy, Michael Saylor, também sugeriu mais compras.
“Michael Saylor prestes a comprar bilhões em Bitcoin. Novo recorde histórico está chegando!!”, comentou o analista Ash Crypto.
Na semana passada, o Standard Chartered também previu que investimentos institucionais e entradas de ETF poderiam levar o BTC a US$ 120 mil no segundo trimestre.
A perspectiva de longo prazo parece ainda mais otimista. O analista Josh Mandell prevê que o BTC alcance US$ 444 mil até o segundo trimestre de 2026. Segundo Thomas Young, sócio-gerente da Rumjog Enterprises, isso marcaria “uma mudança no regime monetário”.
“Isso não é apenas uma corrida de alta. Bitcoin a US$ 444 mil significa: Um ciclo de confiança quebrado, o início das finanças pós-fiat, Bitcoin como colateral neutro global,” afirmou Young.
Além disso, ele citou vários fatores impulsionadores, incluindo poupadores e investidores abandonando moedas fiduciárias, uma possível quebra do mercado de títulos, um aumento na adoção institucional de Bitcoin, nações do Sul global como o Brasil adotando Bitcoin, e uma mania de varejo alimentada por renovada atenção da mídia.
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