Preço do Bitcoin defende US$ 66.000 após Fed manter taxa de juros

3 mins
Traduzido Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • O Bitcoin permanece estável acima de US$ 66.000 após Fed manter as taxas de juros inalteradas.
  • O presidente do Fed sugere uma possível flexibilização da política no final de 2024.
  • O Bitcoin mostra uma reação imediata mínima, sugerindo que a decisão já estava precificada.
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O preço do Bitcoin (BTC) manteve-se acima de US$ 66.000 após a decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) na quarta-feira. O Federal Reserve (Fed) decidiu manter as taxas de juros inalteradas em 5,25%-5,50% pela oitava reunião consecutiva.

A decisão do Fed foi tomada em meio a um otimismo cauteloso, depois de indicar que não há pressa em reduzir as taxas até que haja maior confiança de que a inflação está se movendo de forma sustentável em direção à sua meta de 2%.

Fed deixa as taxas de juros inalteradas

O FOMC votou para manter sua taxa de referência de empréstimo overnight entre 5,25% e 5,50%. O pulso do mercado acelerou quando o Fed reforçou sua estratégia. O destaque do evento, no entanto, foi a entrevista coletiva do presidente do Fed, Jerome Powell, que se inclinou para uma postura dovish.

No entanto, o Fed não sinalizou um corte nas taxas em setembro. Além de deixar as taxas de juros inalteradas, no entanto, o presidente do órgão deu pistas importantes sobre a estratégia de flexibilização da política para o restante de 2024. Powell demonstrou um otimismo crescente, porém cauteloso, com relação à retomada do progresso da desinflação no segundo semestre de 2024.

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Após as fracas impressões sobre a inflação registradas no segundo trimestre, os principais destaques da reunião de 30 e 31 de julho incluem:

  • Forte compromisso de levar a inflação à meta de 2%.
  • A atividade econômica continua a se expandir em um ritmo sólido.
  • Atenção ao risco em ambos os lados do mandato duplo – emprego máximo e preços estáveis
  • A inflação foi rebaixada de “elevada” para “um pouco elevada”
  • O comitê avaliará os dados que estão chegando e o equilíbrio dos riscos
  • A decisão será tomada em uma base de reunião por reunião para evitar um tiro pela culatra
  • É uma questão de ver mais dados bons
  • O corte na taxa de juros pode estar na mesa em setembro
  • O caminho a seguir dependerá da forma como a economia evoluirá.

Bitcoin reage e defende preço

Em sua aparição anterior, o presidente do Fed reconheceu “um pouco mais de progresso no controle da inflação no segundo trimestre”. Ele também indicou ter tido três leituras melhores, chegando a uma média de “um lugar muito bom”. Embora Powell não tenha confirmado de imediato um corte na taxa de juros em setembro, ele não se opôs a essa expectativa.

“O Comitê considera que os riscos para atingir suas metas de emprego e inflação continuam a se equilibrar melhor”, disse o comunicado pós-reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto, marcando uma ligeira atualização em relação à linguagem anterior.

O preço do Bitcoin quase não se moveu após o anúncio, sugerindo que seu impacto já estava precificado. A ferramenta FedWatch da CMEindicou que os traders previram que as taxas de juros permaneceriam inalteradas em 5,25% a 5,50%, depois que o sentimento apontou para taxas de juros mais baixas somente a partir de setembro.

“Powell tem um tom relativamente dovish sobre o futuro, por meio do qual um corte na taxa está na mesa para setembro”, comentou Michael Van de Poppe.

Em retrospecto, o Bitcoin caiu nos dias que antecederam cada reunião, com três das quatro decisões sobre taxas marcando os fundos locais após essas correções.

Com as mãos do Fed firmes nas alavancas monetárias e um olhar vigilante sobre os indicadores econômicos, o mercado espera uma possível era de estabilidade e crescimento. Esse cenário prepara o terreno para que o Bitcoin busque novos patamares anuais, com a meta de US$ 40.000 firmemente em sua mira.

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Júlia V. Kurtz
Editora do BeInCrypto Brasil, a jornalista é especializada em dados e participa ativamente da comunidade de Criptoativos, Web3 e NFTs. Formada pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui mais de 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia, tendo passado por veículos como Globo, Gazeta do Povo e UOL.
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