O Bitcoin abre esta quarta-feira em forte queda de 4,6% e volta a ser negociado na faixa dos US$ 47.000, levando boa parte do mercado consigo e fazendo o valor total das criptomoedas perder cerca de US$ 130 bilhões.
O recuo começou por volta das 4h30 da manhã, quando o BTC era cotado a US$ 48.481. Uma hora depois, a criptomoeda já caía para US$ 47.000 e iniciava um descenso mais agudo que levaria o preço para pouco menos de US$ 47.300 pouco após às 6h, segundo dados do Coingecko.
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O Bitcoin e demais criptomoedas apresentam leve alta no momento, mas analistas alertam para a possibilidade de um mergulho mais profundo que poderia levar o BTC para cerca de US$ 42.000 antes de iniciar um novo movimento de alta.
No fechamento da matéria, o BTC era negociado a US$ 47.448, praticamente zerando os ganhos dos últimos 15 dias e levando a alta semanal para de mais de 40% para 33%.
Altcoins despencam de preço
Apesar de recuo de menos de 5% do Bitcoin, diversas altcoins reagem mal ao cenário pessimista e passam por forte baixa. No momento, 40 criptomoedas das 100 maiores por valor de mercado registram perdas de dois dígitos, entre 10% e 15%.
As piores são Ziliqa (ZIL), Telcoin (TEL) e Terra (LUNA), com recuo de mais de 14%, seguidas por Solana (SOL), THORChain (RUNE), IOTA (MIOTA), Synthetix Network Token (SNX) e Enjin Coin (ENJ), todas com perdas de pelo menos 13% nas últimas 24 horas.
Por outro lado, dessas, apenas a MIOTA registra queda semanal, já todas as outras, mesmo em mal momento, ainda acumulam alta entre 5% e 25% nos últimos sete dias.
Em meio a perdas generalizadas, a criptomoeda Coin98 (C98) andou em caminho oposto e disparou de preço nas últimas horas, com alta impressionante de mais de 57% no dia. Na semana, o criptoativo já soma alta de quase 277%. Tirando a C98, apenas a Quant (QNT) e uma criptomoeda recém-entrada no top 100 chamada Constellation (DAG) sobem no dia, com valorização de 5% e 2,7%, respectivamente.
O resultado do movimento é uma perda de cerca de US$ 130 bilhões no valor de mercado total das criptomoedas, que recua de US$ 2,23 trilhões ontem para atuais US$ 2,1 trilhões.
O que esperar do Bitcoin
O analista de criptomoedas Valdrin Tahiri identificou no meio da madrugada que o Bitcoin teria provavelmente alcançado um topo local no dia após criar um longo pavio superior (quando o preço sobe até determinado nível, mas cai e fecha o dia a um preço bem mais baixo que a máxima).
Ao tentar subir até a resistência de US$ 51.200, o BTC caiu e gerou diversos sinais de alerta nos gráficos de curto prazo, indicando uma possível correção.
Além disso, o especialista aponta que a criptomoeda vinha sendo negociada acima de uma linha ascendente desde meados de julho, mas acaba de chegar a um ponto crítico e pode cair abaixo dela pela primeira vez desde então. Uma queda abaixo de US$ 47.000 poderá levar o BTC a um forte recuo até o suporte próximo de US$ 42.000.
Outro ponto negativo é que a ferramenta de contagem de ondas, que tenta prever movimentos de prazo mais longo, também indica quedas no curto prazo: ou o BTC cai agora para subir logo em seguida, ou cai para buscar novas mínimas – de qualquer modo, o cenário de curto prazo não é favorável.
Para o analista @CryptoCapo_, o cenário pode ser ainda pior. Em gráfico publicado há pouco no Twitter, ele aponta que o BTC deverá buscar um fundo local entre US$ 37.000 e US$ 40.000 no curto prazo, zona em que afirma ser uma boa oportunidade de compra para o longo prazo, pois “novas máxima virão este ano”.
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