O Bitcoin (BTC) abre em queda nesta quinta-feira (8) após não conseguir chegar a US$ 35.000. Por ora, os indicadores técnicos mostram ainda mais incertezas.
O BTC alcançou a máxima de US$ 34.950 na madrugada de quarta-feira (7) e começou a cair desde então. No fechamento da matéria, o preço da criptomoeda era cotado a US$ 32.638, uma queda de 6,1% nas últimas 24 horas. A mínima foi registrada próximo da meia-noite, de US$ 32.377.
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Os atuais níveis de suporte são encontrados em US$ 32.725 e US$ 30.500, o que significa que é provável que o BTC caia até US$ 30.500 se não se manter negociado no nível atual. Ainda assim, as zonas de mais alta liquidez, ou seja, com maior volume de ordens de compra, estão bem abaixo, nos preços de US$ 23.000 e US$ 19.000.
O que esperar do Bitcoin
Segundo o analista de criptomoedas Valdrin Tahiri, a leitura de curto prazo e a contagem de ondas do Bitcoin projeções mistas, levando a uma tendência indeterminada.
O BTC tem sido negociado desde 21 de junho entre US$ 31.300 e US$ 40.550. O preço atual é um nível previsto pela retração de Fibonacci, e também funciona como um suporte horizontal, o que sinaliza certa solidez por enquanto. No entanto, se o BTC cair, deverá ir diretamente para US$ 30.500.
Por outro lado, os indicadores técnicos dos gráficos diário e de duas horas mostram sinais mistos.
Já a ferramenta de contagem de ondas, que tenta prever os próximos movimentos de preços e um prazo mais longo, aponta para uma perspectiva pessimista. Se esse cenário se confirmar, o preço do Bitcoin poderia de fato cair até a zona de US$ 19.000.
No entanto, aponta o analista, as leituras mistas dos indicadores técnicos tornam essa contagem de ondas “um pouco ambígua”.
Vinícius Terranova, Head de Trading do BeInCrypto, recomenda cautela, movendo posições para stablecoins como USDT e USDC até que o mercado se decida. “Minhas ordem de compra de Bitcoin são ~23k, ~19k, ~13k, ~11k”, diz.
Longo prazo
Apesar do momento ruim, a indústria de criptomoedas permanece otimista para o longo prazo. Analista Educacional Pleno da Blockchain Academy, Vinícius Chagas diz que o preço reflete um sentimento momentâneo de mercado, e que não necessariamente se alinha ao forte crescimento na adoção do Bitcoin no mundo real.
“Enxergamos que o Bitcoin ganha cada vez mais credibilidade como meio de troca e reserva de valor; e, ainda, os criptoativos ganham legitimidade como uma classe de ativos autônoma e digna de espaço nos portfólios individuais e institucionais”, explica.
O especialista da empresa adquirida pelo Mercado Bitcoin acrescenta que o ecossistema como um todo tende a crescer no médio e longo prazo, e que, eventualmente, o preço tende a se alinhar aos fundamentos positivos da tecnologia.
Movimento de altcoins
A capitalização total do mercado de criptomoedas cai quase 7% nesta quarta. Desde 22 de junho, a capitalização de mercado se move em uma faixa estreita entre US$ 1,3 trilhão e US$ 1,5 trilhão. Atualmente, está perto do meio dessa faixa, em US$ 1,42 trilhão.
Apenas um punhado de altcoins no top 100 registram ganhos no dia. Dentre elas, o token Flow (FLOW), criado pela desenvolvedora de NFTs como o NBA Top Shot, Dapper Labs, é o que apresenta o melhor desempenho. O ativo soma 19% no dia, para US$ 15,22, e acumula alta de 60,4% na semana.
Já entre os maiores perdedores, o destaque é o KuCoin Token (KCS), que cai 16,6% logo depois de ser um dos destaques positivos do dia. Apesar do recuo, o KCS tem um dos melhores desempenhos da semana, com ganhos de 57%.
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