O Bitcoin (BTC) perdeu o suporte dos US$ 80 mil neste domingo (6). Por volta das 15h (horário de Brasília), a criptomoeda acumulava uma queda de 3,71% nas últimas 24 horas, sendo negociada a US$ 79.954,69, segundo o CoinMarketCap.
Nesse cenário, 585,82 milhões de US$ foram liquidados do mercado de criptomoedas nas últimas 24 horas. Nos últimos sete dias, o BTC apresenta um recuo de 3,17%.
A ansiedade crescente sobre as tarifas propostas pelo ex-presidente Donald Trump e as tensões geopolíticas em escalada pesaram fortemente sobre os ativos de risco.
Mais traders estão vendendo Bitcoin
A relação long-short para o Bitcoin caiu para 0,89, com posições vendidas agora representando quase 53% da atividade. A mudança reflete o crescente ceticismo sobre a direção de curto prazo do Bitcoin.
Os mercados tradicionais também sofreram perdas acentuadas. O Nasdaq 100, S&P 500 e Dow Jones entraram em território de correção na semana passada, registrando seu pior desempenho semanal desde 2020.
Além disso, o Bitcoin fechou o primeiro trimestre com uma perda de 11,7%, tornando-se o Q1 mais fraco desde 2014.
Assim, o mercado cripto mais amplo perdeu 2,45% no domingo, reduzindo a capitalização total de mercado para US$ 2,59 trilhões. O Bitcoin continua sendo o ativo dominante, detendo 62% da participação de mercado. O Ethereum segue com 8%.
A venda de domingo desencadeou US$ 252,79 milhões em liquidações de derivativos cripto. As posições longas representaram a maior parte desse valor, com US$ 207 milhões. Os traders de Ethereum foram responsáveis por cerca de US$ 72 milhões em liquidações longas apenas.
O preço do Bitcoin permanece intimamente ligado às mudanças na liquidez global, muitas vezes refletindo tendências macroeconômicas mais amplas. Com os mercados dos EUA prontos para abrir na segunda-feira, a atividade deste fim de semana sinaliza volatilidade contínua à frente.
Os investidores podem enfrentar mais pressão depois que o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, alertou que os planos tarifários de Trump podem aumentar a inflação enquanto desaceleram o crescimento econômico.
Essa combinação aumenta o risco de estagflação, uma situação em que as ferramentas de política se tornam menos eficazes. Esforços para estimular a economia podem piorar a inflação, enquanto medidas para controlar os preços podem limitar o crescimento.
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