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Binance interrompe serviço de cartão de crédito na América Latina e Oriente Médio

3 mins
Atualizado por Chris Goldenbaum

EM RESUMO

  • A Binance anunciou o encerramento dos serviços de cartões na América Latina e no Oriente Médio, impactando menos de 1% dos usuários.
  • A decisão segue desafios financeiros, incluindo o encerramento da parceria com a Checkout.com em meio a preocupações regulatórias.
  • A Binance enfrenta escrutínio global, desde ajudar os russos com transferências de dinheiro até acusações da SEC dos EUA.
  • promo

A Binance, a principal exchange de criptomoedas do mundo, anunciou a descontinuação dos seus serviços de cartões no Oriente Médio e na América Latina. Os usuários dessas regiões terão até 21 de setembro de 2023 para aproveitar ao máximo seus cartões Binance.

Esses cartões, como a maioria dos cartões de débito, permitem aos usuários pagar as despesas diárias. No entanto, a característica distintiva da Binance é que esses cartões são financiados com ativos cripto.

Leia mais: Sofri um golpe, e agora? Como agir em casos de fraude

Ao mesmo tempo em que a Binance surpreendeu a todos com o encerramento de seus cartões, a empresa anunciou a expansão do seu serviço de pagamentos, o Binance Pay.

O cartão Binance come poeira na América Latina e no Oriente Médio

De acordo com uma declaração oficial do Suporte ao Cliente Binance,

“O Cartão Binance não estará mais disponível para usuários na América Latina e no Oriente Médio.”

Esclareceu também que esta mudança afetará apenas menos de 1% dos usuários dessas regiões. Vale ressaltar que outras contas da Binance em todo o mundo não foram afetadas.

Além disso, a Binance está promovendo seu ‘Binance Pay’ como alternativa, descrevendo-o como “uma tecnologia de pagamento de criptomoeda segura, contactless e sem fronteiras”.

Especialistas financeiros especulam que a ação pode estar ligada a mudanças recentes nas parcerias da Binance. Notavelmente, o processador de pagamentos do Reino Unido, Checkout.com, encerrou seus laços com a Binance em meio a ações e preocupações regulatórias regionais.

A Binance, respondendo a isso, mencionou considerar ações legais contra a decisão da Checkout.com. O pano de fundo desse relacionamento já era tumultuado.

A parceria da Binance com a Checkout.com começou instável em 2020, quando a ausência do sistema 3-D Secure permitiu que um sindicato do crime transacionasse US$ 10 milhões na Binance.

Batalha contra os Reguladores Mundiais

Após essas preocupações, a Binance enfrentou vários desafios legais. A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) acusou a Binance de enganar os reguladores e de não administrar os fundos dos clientes de forma responsável.

As autoridades francesas também estão examinando a Binance em busca de possível lavagem de dinheiro. Como efeito cascata, a Binance teve que sair de várias regiões por não atender aos padrões de conformidade exigidos.

A Parrot Capital divulgou um comunicado direto aos usuários:

“Verifique seus limites diários. Retire todos os seus fundos via caixa eletrônico ou gaste-os o mais rápido possível ou corre o risco de perdê-los para sempre.”

O papel da Binance na Rússia também está sob o microscópio. Alegadamente, a Binance está ajudando os russos a movimentar dinheiro para o exterior, aumentando as complicações jurídicas existentes, especialmente nos EUA.

Embora a Binance tenha declarado que encerrou suas operações na Rússia logo após a invasão da Ucrânia, os dados sugerem que volumes substanciais de negociação em rublos continuam.

Este escrutínio contínuo sublinha os desafios que as exchanges de criptomoedas, especialmente gigantes como a Binance, enfrentam à medida que governos e instituições financeiras em todo o mundo tentam regular e compreender o fenômeno das criptos.

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Thiago Barboza
Thiago Barboza é graduado em Comunicação com ênfase em escritas criativas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Em 2019 conheceu as criptomoedas e blockchain, mas foi em 2020 que decidiu imergir nesse universo e utilizar seu conhecimento acadêmico para ajudar a difundir e conscientizar sobre a importância desta tecnologia disruptiva.
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