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Binance deixa Nigéria após crise com governo

2 Min.
Atualizado por Thiago Barboza

Após entrar em conflito com o governo da Nigéria, a Binance decidiu jogar a toalha e deixar o país. A exchange anunciou que vai deixar de oferecer serviços na Naira nigeriana (NGN) e pediu aos clientes que saquem ou troquem seus ativos na moeda.

O fim dos serviços ocorre após a prisão de executivos da empresa no país.

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Nigéria de mal com a Binance

A treta entre a Nigéria e Binance começou depois que o país africano decidiu banir algumas corretoras de criptomoedas. Isso ocorre em meio a esforços do país de regular o mercado de criptomoedas como um todo.

A Nigéria, aliás, é um dos vários países do mundo que investiu na criação de uma moeda digital do banco central (CBDC) própria, o e-Naira, e um dos poucos em que ela já está em operação.

A saída da Binance ocorre depois de o governo local prender dois executivos da exchange no dia 28 de fevereiro. Em seguida, o país impôs uma multa de US$ 10 bilhões à empresa.

Conforme o conselheiro especial de informação e estratégia do presidente da Nigéria, Bayo Onanuga, a Binance se envolveu em “transações ilegais” que geraram lucro à empresa e, ao mesmo tempo, causaram danos financeiros significativos ao país.

Esse valor seria de aproximadamente US$ 26 bilhões, conforme o governador do Banco Central do país, Olayemi Cardoso.

“Nós estamos preocupados de que certas práticas que estão acontecendo indiquem que fluxos ilícitos estão passando por várias dessas entidades, que são fluxos suspeitos na melhor das hipóteses. No caso da Binance, somente no último ano, US$ 26 bilhões passaram pela Binance Nigéria de fontes e usuários cuja identidade não podemos confirmar de forma adequada”, afirmou.

A Nigéria luta para controlar o valor do Naira, que sofreu uma desvalorização violenta em julho de 2023. Esse foi um dos motivos que levou a população a buscar abrigo nas criptomoedas, que têm a fama de serem uma ótima proteção nesses casos.

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Júlia V. Kurtz
Editora do BeInCrypto Brasil, a jornalista é especializada em dados e participa ativamente da comunidade de Criptoativos, Web3 e NFTs. Formada pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui mais de 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia, tendo passado por veículos como Globo, Gazeta do Povo e UOL.
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