A Binance completa seis anos de idade nesta sexta-feira (14). Em entrevista, o criador e atual CEO da instituição relembra o caminho até o topo e revela qual será o futuro da exchange e do mercado de criptomoedas como um todo.
Em comunicado enviado ao CryptoPotato, Changpeng Zhao (CZ) relembrou os esforços que foram feitos para que a Binance se tornasse a gigante que é hoje. O empresário também deu declarações importantes sobre as questões regulatórias que a companhia tem enfrentado em diversas jurisdições, sobretudo nos Estados Unidos.
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Como a Binance se tornou a maior exchange de criptomoedas do mundo?
Mesmo perdendo parte de sua participação no mercado este ano, a Binance ainda é a plataforma de negociações de criptomoedas mais utilizada no mundo. Dados do Coin360 mostram que a exchange possui atualmente um volume diário de negociações acima de US$ 90 bilhões, ficando bem à frente da OKX, que ocupa a 2º posição com US$ 28 bilhões.
Ao contrário do que muitos pensam, a companhia não demorou muito para iniciar seu reinado. Segundo o próprio CZ, a Binance precisou de apenas 165 dias para se tornar a maior exchange do mundo. Porém, o caminho para o sucesso não foi fácil.
Criada em 2017, Zhao começou sua empresa com um capital de US$ 15 milhões em ativos cripto. Na época, a Binance possuía cinco tokens disponíveis para negociação. Atualmente, há mais de 500 criptomoedas disponíveis para os usuários.
Dois meses após sua abertura, CZ e sua equipe já tiveram que lidar com um grande dilema. O governo chinês proibiu o comércio doméstico de criptomoedas, o que impactou profundamente os negócios da empresa, visto que era na China que a maior base de seus clientes residia.
Ao contrário de outras grandes plataformas da época, que focaram em buscar maneiras de burlar as restrições, Zhao preferiu expandir sua empresa para outros países. A estratégia se mostrou um sucesso, visto que a Binance é hoje considerada a maior empresa cripto do mundo, com mais de 8 mil funcionários.
Problemas e projeções para o futuro
Estar no topo cobra o seu preço, segundo Zhao. Ele disse que não ficou surpreso com o escrutínio que diversos órgãos reguladores têm feito contra ele e sua empresa, devido à notoriedade e influência que a Binance conquistou nos últimos anos.
“Quando os reguladores olham para as criptomoedas, eles olham para a Binance. E é nossa responsabilidade assumir a liderança e trabalhar com reguladores em todo o mundo para levar o setor adiante”, disse o CEO.
Somente nos últimos meses, a exchange precisou mudar sua forma de atuação em diversos países, inclusive no Brasil, onde está proibida de oferecer negociações de futuros. Além disso, a SEC entrou com uma ação legal, que já causou danos bilionários para a companhia. CZ também enfrenta seus problemas na justiça e na mídia, sendo vinculado a esquemas de lavagem de dinheiro.
Referente ao tema, o empresário diz que lutará pelo “o que acreditamos ser certo, mesmo que tenhamos que fazê-lo no tribunal, para proteger continuamente nossos usuários e pressionar pelo benefício da indústria”.
Sobre a indústria como um todo, ele vê com bons olhos o envolvimento de gigantes das finanças tradicionais, como a BlackRock e Citadel. Apesar disso, ele segue confiante que o futuro será descentralizado, com plataformas DeFi tomando as rédeas do setor nos próximos anos.
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