A Bienal de Arte Digital, que acontece até o dia 22 de janeiro de 2023, conta com instalações no metaverso, obras em formato de token não fungível (NFT) e uma homenagem ao cantor Gilberto Gil registrada na blockchain.
O público terá acesso pela primeira vez a um holograma criado pelos cariocas Clélio de Paula, Floriano Varejão e Azimove Labs, que homenageia o cantor e compositor baiano Gilberto Gil, através de realidade virtual.
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A obra digital de arte batizada de “Gil Futurível” poderá ser vista com óculos de realidade virtual. O público terá acesso a uma galeria de arte onde pode ver as capas dos discos de Gilberto Gil, figurinos icônicos do artista, a farda de Imortal da Academia Brasileira de Letras e, um escaneamento 3D – um holograma hiper-realista do cantor e tudo sonorizado pela canção “Futurível”, do compositor.
De acordo com a organização da Bienal de Arte Digital, a ideia é que “Gil Futurível” transmita a sensação de se estar frente a frente com o próprio Gil, em tamanho real. A obra apresenta um busto tátil do artista que, em três dimensões, permite que pessoas com deficiência visual possam ao tocá-lo e formar sua imagem do artista.
A experiência traz ainda um pouco da história do cantor, sobretudo no período em que esteve preso pela ditadura militar’’.
A obra utiliza técnicas de captura volumétrica de imagens para gerar um modelo 3D do artista, ávido ativista por tecnologias de código aberto e sociedades digitais livres.
A proposta cria uma memória imortal na blockchain. Como em sua música Futurível, Gil se torna uma profecia autorrealizável, ele é “transmutado em energia”, alcançando a auto-obliteração, diz a organização da mostra.
Entre as novidades tecnológicas da mostra está a Delírios Digitais – que traz 17 trabalhos de artistas digitais brasileiros – e vai leiloar NFTs das criações artísticas expostas no metaverso. Todos os trabalhos também podem ser acessados por QR Code disponível presencialmente na Bienal ou pelo site.
Todos os dias, será leiloado um NFT representando uma obra diferente, até o dia 14 de dezembro.
Bienal exibe trabalhos de artistas brasileiros
O evento, totalmente gratuito, ainda traz trabalhos de mais de 60 artistas brasileiros e estrangeiros da Alemanha, França, Espanha e Chile.
Estrelas do Deserto de Felipe Carrelli traz uma imersão em realidade virtual no cotidiano dos Saarauis, que durante séculos viveram em condições extremas em pleno deserto do Saara, que ocupa um terço do continente africano e é uma das regiões mais inóspitas do planeta.
A região é seca o suficiente para mumificar cadáveres e matar bactérias.
Juliana Fasuolo apresenta WE R HERE, um projeto ativista de arte generativa usando Inteligência Artificial e Mídia Mista. É uma exploração dentro do universo digital, superando as barreiras de gênero do vocabulário computacional e criando aleatoriamente imagens, personagens e narrativas de mulheres lésbicas.
A temática desta edição é Condições de Existência” composta por trabalhos de linguagens diferentes que analisam, tecem críticas e lançam novas perspectivas sobre o tema.
O curador artístico da Bienal de Arte Digital, Tadeus Mucelli e criador do Festival de Arte Digital, explica que a: “uma bienal é como um livro que, através de capítulos, tentamos dar voz a narrativas e visões, formas de ‘ser’ e ‘ver’ no mundo com as coisas sencientes. E quando dizemos ‘coisas’ estamos incluindo uma ontologia digital (da vida) em interseção ou sobreposição a ontologia humana (de estar no mundo). Onde formas, processos e modos de existir convivem quase que onipresente com o que entendemos por ‘sersientes’, numa aproximação além de biorgânica e biotecnológica.
Um olhar mais holístico que considera as terceiras partes (algoritmos, computação inteligente, formas digitais de ‘vida’) muito presentes em nosso cotidiano.
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