O coordenador da plataforma Drex, Fábio Araujo, revelou a informação durante a participação do bate-papo “Drex uma perspectiva emergente com BC e BIS’, na Febraban Tech 2024. O Banco Central (BC) fornecerá Kits de desenvolvimento.
Além de Araújo, participaram da conversa o especialista em tecnologia da Microsoft João Aragão e Ítalo Borsatto, do Banco de Compensações Internacionais (BIS).
Drex precisa de novos casos de uso
Atualmente no final da fase 2, o BC está interessado em conhecer e receber novos casos de uso para o piloto Drex. Mas, Araújo deixou claro que todos precisam estar necessariamente em conformidade legal com o regulador.
“Não podemos colocar o ativo na rede sem o regulador conjunto na rede. Então eu não posso colocar um valor mobiliário sem a CVM. A dica que dou é se os participantes do Drex querem propor um caso de uso eles têm que ver primeiro se o regulador daquele setor topa integrar o consórcio e a rede do BC para testar a solução no Drex”, afirmou.
Hoje 16 consórcios participam dos testes da moeda digital brasileira, no entanto, o BC espera expandir esses números até o início de 2025. Isso porque a previsão da autarquia é que os novos participantes se inscrevam a partir do próximo ano.
Após a fase 1 focar em soluções de privacidade, que, aliás, ainda precisam amadurecer, em relação aos casos de uso, Araujo ressaltou que a fase 2 é “um aprofundamento do processo de maturação”.
“Agora o próximo desafio é como gerenciar os serviços que serão trazidos para dentro da rede Drex”.
O coordenador do Drex também disse que a segunda fase do piloto deve durar entre 12 e 14 meses. “Vamos ver como os casos de uso irão conversar e desenhar a estratégia com as soluções”, acrescenta.
Araújo se refere como o BC vai desenvolver a governança, uma vez que o governo ainda conta com processos morosos e burocráticos para avançar.
A previsão é que os testes de privacidade sejam concluídos até o fim do próximo mês.
BC quer trazer participantes externos
Outra revelação de Araújo foi a vontade de trazer participantes de fora do consórcio para integrar no futuro, outras soluções com Drex. “Teremos que levar o Drex para ouras redes, ao contrário do que levar para dentro da plataforma”.
A ideia é que a moeda digital brasileira seja usada em outras redes. Mas ainda é preciso de muitos testes, estudos e regulamentação para que isso aconteça.
Enquanto isso, o Brasil avança a passos largos no quesito inovação tecnológica.
A gente queria que a maioria dos ativos estivesse no Drex, mas nunca vamos conseguir colocar todos eles para dentro, então a gente leva o Drex para ele, afirmou.
Dev Kits serão distribuídos aos novos participantes
Outra novidade é que agora o BC vai dar um dev kit para os novos participantes. Na prática, isso significa que os novos participantes do piloto Drex terão um kit do passo a passo para entender melhor o ecossistema.
Por fim, o coordenador do Drex reafirmou que não é possível garantir uma data para o lançamento da moeda digital brasileira.
Antes da data temos que garantir a privacidade da informação. Enquanto isso não for sanado não iremos lançar para população.
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