O preço do Bitcoin registrou um aumento superior a 12% na última semana, alcançando US$ 96.500 e superando o preço médio de compra das “baleias de curto prazo” — investidores de grande porte que adquiriram Bitcoin nos últimos seis meses.
Em entrevista ao BeInCrypto, o analista da CryptoQuant, JA Maartunn, disse que essas baleias recuperaram seu nível de equilíbrio de US$ 90.890. Isso significa que agora estão em lucro e menos propensas a vender, o que dá mais estabilidade ao mercado.
Baleias de Bitcoin de curto prazo voltam ao lucro
Essas baleias agora estão em lucro agregado, já que o BTC supera seu preço médio realizado. Historicamente, quando esses participantes entram em lucratividade, tendem a pausar ou reduzir a pressão de venda.
O gráfico de Preço Realizado de Baleias de Curto/Longo Prazo da CryptoQuant mostra a linha laranja (base de custo das baleias de curto prazo) subindo em direção à curva de preço de mercado branca nas últimas semanas. Isso confirma que a maioria dos detentores de curto prazo obteria ganhos se vendessem nos níveis atuais.

Os dados on-chain reforçam a importância. As taxas de financiamento em swaps perpétuos permanecem profundamente negativas, indicando posições vendidas pesadas prontas para um possível aperto se as compras continuarem.
Enquanto isso, os detentores de longo prazo têm reconstruído sua acumulação. Além disso, a taxa de hash da rede atingiu um recorde de 1,04 ZH/s este mês. Essas métricas indicam que mineradores e investidores pacientes estão confiantes em sustentar a trajetória do rali.
Dinâmicas sazonais e macro fortalecem perspectiva
Tendências sazonais frequentemente desaceleram os ralis de verão. Desde 2013, o Bitcoin teve um ganho médio de 26% no segundo trimestre, mas a mediana foi de apenas 7,6%. Além disso, quedas acentuadas, como a de 56,2% no segundo trimestre de 2022, também foram registradas.
O terceiro trimestre geralmente é mais fraco, com retornos médios de 6% e uma mediana ligeiramente negativa. Com a aproximação de maio, muitos se preparam para o efeito “venda em maio” visto em ações, onde o S&P 500 retornou apenas 1,8% de maio a outubro desde 1950.

Fatores macro também importam. A inflação nos EUA diminuiu para 2,4%, e os mercados agora esperam cortes nas taxas do Fed no final de 2025.
Um dólar mais fraco impulsiona ativos de risco como o Bitcoin. Os ETFs da criptomoeda à vista tiveram entradas líquidas de US$ 3 bilhões no final de abril, mostrando forte demanda institucional. No geral, os lucros das baleias, sinais on-chain saudáveis e tendências macro favoráveis sustentam o rali do Bitcoin.
No entanto, ventos contrários sazonais e desequilíbrios de derivativos permanecem. Os traders devem definir limites claros de risco e observar as taxas de financiamento e as notícias econômicas neste verão.
Isenção de responsabilidade
Todas as informações contidas em nosso site são publicadas de boa fé e apenas para fins de informação geral. Qualquer ação que o leitor tome com base nas informações contidas em nosso site é por sua própria conta e risco.
