Ativos digitais e criptomoedas estão na lista de prioridades da B3. Os detalhes de como os serviços serão desenvolvidos e oferecidos aos investidores estão no relatório anual divulgado pela Bolsa brasileira esta semana.
Sobre os ativos digitais, o documento destaca:
“Vamos continuar avançando no desenvolvimento do negócio de ativos digitais, por meio da oferta de serviços de infraestrutura que estejam dentro dos nossos repertórios de habilidades e que ajudem a reduzir as barreiras do mercado de criptoativos”.
B3 Digitais
Lançada em 2022, A plataforma B3 Digital, voltada para infraestrutura de ativos digitais, começou a oferecer serviços de compra e venda de criptomoedas a partir de junho do ano passado, mas apenas para uma pequena e específica base de clientes.
“A previsão é de que seja liberado de forma gradativa, à medida que os testes forem concluídos. Por meio da plataforma, os clientes podem adquirir cinco tipos diferentes de criptomoedas: Bitcoin, Ethereum, Tether, Litecoin e Ripple”, revela a B3.
Ativos digitais na mira da B3
O objetivo da B3 é oferecer serviços de infraestrutura que ajudem a reduzir fricções no mercado de criptomoedas.
Criptomoedas para mercado balcão e exchanges
A estratégia da companhia é priorizar três frentes de atuação:
Cripto as a service: vai desenvolver serviços automatizados, por meio de APIs, para instituições financeiras que oferecem criptomoedas para seus clientes e que precisam lidar com uma cadeia operacional complexa, que envolve estabelecer relações comerciais com exchanges (intermediadoras entre vendedores e compradores de ativos digitais) e balcão de criptomoedas, enviar dólares para o exterior com frequência e fazer gestão do risco.
Infraestrutura institucional para ativos digitais: oferta de toda a infraestrutura para o mercado de ativos digitais, o que inclui: processo de tokenização, com a geração dos smart contracts; custódia; plataforma de negociação; facilitação de liquidação; e gestão de risco.
Digitas Check – Proof of reserves: uma plataforma para garantir a veracidade das operações com ativos digitais realizadas por corretoras, fundos e exchanges.
Plataforma de Tokenização da B3
Segundo o relatório, a B3 está preparando o lançamento de uma nova plataforma dedicada à emissão, registro e negociação de ativos tokenizados.
“A iniciativa atende uma demanda crescente do mercado, que busca exposição segura para produtos digitais. Com a nova plataforma, anunciamos ainda a primeira tokenização de ativo regulado. “ diz a Bolsa em comunicado oficial.
Uma instituição financeira já emitiu tokens de debêntures no novo ambiente da B3, que foram transferidos para as carteiras digitais de outras instituições financeiras.
Com uma atuação mais próxima dos clientes, disciplina no uso do capital e diversificação estratégica seletiva, o modelo de negócios da Companhia tem se mostrado cada vez mais resiliente e mantido a atividade em patamares elevados, mesmo em cenários complexos. Em 2024, continuaremos evoluindo em nossa jornada estratégica, por meio do fortalecimento do core business, aliado à expansão e diversificação seletiva de nossos negócios, disse o Presidente do Conselho de Administração da B3, Antonio Quintella.
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B3 usa IA para orientar clientes
Uma das novidades recentes da B3, é o uso de Inteligência Artificial em um chat que auxilia os investidores.
A ferramenta utiliza informações e conteúdos educativos da própria B3 e de outros parceiros para fornecer respostas cada vez mais personalizadas. Utilizando tecnologia semelhante à do ChatGPT, a Microsoft desenvolveu uma solução customizada para a B3.
No mercado financeiro, é possível começar com pequenos investimentos: 41% dos novos investidores na bolsa aplicam R$ 40,00 ou menos.
No Brasil, o número de investidores individuais em ações aumentou de 700 mil para 5 milhões nos últimos cinco anos. Porém, apenas cerca de 2% dos brasileiros investem em ações, um percentual baixo comparado a países como Inglaterra (36%), Estados Unidos (61%) e China (16%).
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