A B3, bolsa de valores brasileira, deu um passo significativo na modernização de central depositária de renda variável. Usando tecnologias como DLT (Distributed Ledger Technology) e inteligência artificial (IA), a entrega da primeira etapa dessa transformação promete reforçar a infraestrutura tecnológica. E principalmente atender às crescentes demandas do mercado de capitais do país.
IA, blockchain e parceria com Microsoft
Com uma arquitetura orientada a eventos e tecnologia de ponta, a nova plataforma da B3 amplia a capacidade de processamento e disponibilidade do sistema. Esse avanço também confere flexibilidade para o desenvolvimento de novos produtos e serviços com maior agilidade, atendendo à dinâmica de um mercado em constante evolução.
O projeto foi desenvolvido em colaboração com a empresa sueca Vermiculus, especialista em soluções tecnológicas para mercados financeiros. Rodrigo Nardoni, vice-presidente de Tecnologia da B3, destacou a integração de tecnologias como DLT, IA e streaming de dados, combinadas ao uso da nuvem em parceria com a Microsoft.
Essa modernização amplia a capacidade de serviços da central depositária e fortalece o mercado de capitais brasileiro, afirmou.
Benefícios para o mercado de capitais
A nova plataforma já está disponível para os participantes da central depositária, oferecendo funcionalidades como acesso a informações customizadas sobre ativos e dados cadastrais por meio de autos serviços.
Além disso, estão em testes soluções baseadas em DLT para reconciliação de dados. Essas ferramentas permitem o acesso em tempo quase real por APIs ou redes permissionadas, aumentando a transparência e a eficiência das operações.
Viviane El Banate Basso, vice-presidente de Pós-Negociação e Emissores da B3, destacou a importância da tecnologia de microsserviços. Ela garante maior independência entre eventos e agilidade na inserção de novas funcionalidades.
Isso nos permite responder às necessidades dos clientes com rapidez e eficiência, acompanhando a evolução do mercado, disse Basso.
B3 investe para atrair mais investidores
O mercado de capitais brasileiro passou por uma expansão significativa, com o número de contas de pessoas físicas saltando de 600 mil em 2016 para 6,2 milhões em 2024. Com a nova infraestrutura, a B3 se posiciona para suportar o crescimento esperado nos próximos 15 anos, aproveitando os benefícios de uma plataforma escalável e robusta.
Já a indústria cripto conta com 4,1 milhões de pessoas físicas que operam ativos digitais no Brasil. O que evidencia a crescente relevância do setor. O dado é da Receita Federal. Vale lembrar que esse número pode ser maior, uma vez que existem investidores que ainda não declaram as criptomoedas.
Taraneh Derayati, CEO da Vermiculus, destacou as vantagens da plataforma VeriSafe, desenvolvida para lidar com grandes volumes e alta complexidade. “Essa solução suporta uma ampla gama de ativos e eventos corporativos complexos, alinhando-se às demandas do mercado”, explicou.
Com essas iniciativas, a B3 quer reafirmar o compromisso com a inovação e desenvolvimento do mercado de capitais. E quer se consolidar como um dos principais hubs financeiros da América Latina.
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