A Comissão Australiana de Concorrência & Consumidor (CACC) está processando a Meta por colocar anúncios no Facebook que promovem golpes envolvendo criptomoedas.
Segundo uma publicação da Reuters, os golpistas usavam fotos de personalidades australianas famosas para fazer com que os usuários investissem em criptomoedas.
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A ACCC disse que os anúncios também continham links que levavam o usuário à artigos falsos. Quem caia no golpe eram convencidos a depositar fundos no esquema falso.
“Estamos cientes de um consumidor que perdeu mais de US$ 650.000 (US$ 480.000) devido a um desses golpes … isso é vergonhoso”, disse o presidente da ACCC, Rod Sims.
Um dos lesados foi o presidente do Fortescue Metals Group (FMG), magnata australiano Andrew Forrest. Ele iniciou um processo legal contra o Facebook no mês passado. Em especial, porque o anúncio está usando a sua imagem.
Autoridades incomodadas com propagandas da Meta
O assunto expôs o incomodo das autoridades australianas com o ocorrido. A Austrália entrou com uma ação contra a Meta, e alegou a incompetência dela em coibir a fraude.
Na ação, que corre na Justiça Federal, a CACC deixa explicito de que o Facebook, “ajudou, apoiou ou estava conscientemente preocupado com condutas falsas ou enganosas e representações dos anunciantes”.
Segundo Sims:
“A essência do nosso caso é que a Meta é responsável por esses anúncios que publica em sua plataforma. Alega-se que Meta estava ciente … anúncios fraudulentos estavam sendo exibidos no Facebook, mas não tomaram medidas suficientes para resolver o problema.”
Do outro lado, a Meta disse que tem uma política rígida contra fraudes e que a empresa usa mecanismos para detectar e bloquear postagens que violem as suas normas.
O porta-voz da empresa disse em um comunicado enviado por email que “Estão cooperando com a investigação da ACCC sobre este assunto até o momento. Revisaremos o recente arquivamento da ACCC e pretenderemos defender o processo”.
Para amenizar o clima, o Facebook divulgou nessa semana que irá criar um programa para ajudar a treinar os candidatos políticos australianos e os influenciadores sobre segurança cibernética e contra a disseminação de informações falsas.
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