O conglomerado Ultrapar (UGPA3) sofreu um ataque hacker no início desta semana que está prejudicando o abastecimento de postos de gasolina no país.
A Ultrapar, dona da rede de distribuição de combustíveis Ipiranga, confirmou nesta terça-feira (12) que havia sido vítima de um ataque hacker.
Apesar de não dar muitos detalhes sobre o incidente, a Ultrapar confirmou que o ataque cibernético em seu ambiente de tecnologia da informação levou a companhia a interromper o funcionamento de alguns sistemas.
Em nota, a companhia afirma que acionou os protocolos de controle e segurança para minimizar eventuais impactos assim que identificou a invasão. Por essa razão, a empresa opera em regime de contingência desde terça-feira (12).
“A Ultrapar está avaliando a extensão desse incidente e atuando para mitigar seus efeitos, empreendendo todos os esforços para normalizar suas operações, e manterá o mercado informado de qualquer informação relevante relacionada a este evento.”
A medida preventiva foi tomada para impedir que o ataque se alastrasse na rede e causasse um dano ainda maior. No entanto, a interrupção afetou parcialmente as operações das subsidiárias da companhia, como a Rede Ipiranga.
Postos de gasolina ficam sem abastecimento
Um dia após a Ultrapar interromper parcialmente o funcionamento do seu sistema, o impacto já foi sentido em cidades brasileiras.
Nesta quarta-feira (13), conforme noticiou o portal NSC Total, cerca de 100 postos de gasolina da Grande Florianópolis enfrentaram problemas para repor seus estoques de combustível.
Como o sistema de informática da Ultrapar não estava em funcionamento pleno, a companhia teve problemas em registrar os pedidos das distribuidoras.
De acordo com Joel Fernandes, vice-presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis Minerais de Florianópolis (Sindópolis), o ataque hacker à Rede Ipiranga obrigou que a reposição dos estoques fosse feita de uma maneira alternativa.
Segundo ele, a equipe de tecnologia da Ultrapar desenvolveu um canal alternativo para emitir notas e pedidos das distribuidoras. Dessa forma, os postos de Florianópolis puderam receber combustível vindo de uma base de Itajaí.
Conforme Fernandes declarou à NSC Total, a estimativa é que seja necessário cerca de dois dias para que o abastecimento volte ao normal. Enquanto isso, o problema causa prejuízo aos postos da região:
“É um prejuízo porque as vendas param, mas as despesas continuam. Tudo isso em um momento complicado por causa da pandemia.”
De acordo com nota da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), os pedidos da Ultrapar estão sendo retomados com lentidão. A previsão era que até o final desta quarta-feira (13) tudo voltasse ao normal.
Apesar da Ultrapar não ter divulgado nenhum detalhe sobre o tipo de ataque hacker que sofreu, existe a possibilidade de ter sido um ataque ransomware. Normalmente, hackers atacam grandes empresas, interrompendo o funcionamento de seus sistemas até que seja feito um pagamento, geralmente em criptomoedas como o bitcoin.
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